sábado, 18 de dezembro de 2010

MEU CORAÇÃO É ANALFABETO

Ou cego?


Foto de celular: Vanessa Dantas, 2009

quinta-feira, 24 de junho de 2010

É O QUE TEM PRA HOJE!

Passarela qualquer da cidade-concreto, numa manhã cinzenta, ainda com lua
Foto de celular: Vanessa Dantas, 2009

Tenho acordado cedo, dormido tarde, comido doce, pulado cinema.
Tenho falado menos, observado mais.

Tolerância curta, cansaço longo.
Tenho trabalhado muito.
*
O mundo é burro, e vivo nele.
Chega de festa. Mesa pra quatro. Tenho bebido pouco.
Tenho gostado dos cães. Dos que não latem e não mordem.
Nada acontece. Não trago novidade.
A vida anda besta. Chatinha.
*

Não sofro mais por ele. E sofro por isso.
Continuo sem gostar de pão-de-mel, doce de abóbora,

"creque" da cebola, fumaça de cigarro. In-tra-gá-vel.
Não uso amarelo, esmalte danoninho, pouco gosto de marrom.

Chocolate? Só se for do bom.
*
Queria não ter pêlo. Que meu cabelo não ficasse branco.
Não faço mais dieta. Gosto de ser míope.
Vivo otimamente bem sem paçoquinha, pipoca, canjica,

salto alto, bico fino e karaokê.
*
Não me venha com picaretagem.

“Minha querida”. “Se cuida”. "Deus lhe pague”.
Meu sono continua leve. Tenho dificuldade com quem ronca.

Prefiro a noite fria.
*

Chegue devagar, não peça pra entrar. Não minta pra mim.
Que se explodam os arrogantes, os mal educados, o Rogério Ceni.

Da torcida do São Paulo? Salvaria um. Apenas.
*
Gente que fala demais me incomoda.
Comportamento classe média também. Sou classe média.
Não quero conhecer o mundo. Sonho com Paris. E basta.
Perdi o medo da morte, desde que seja de avião. Na volta.
*
Não me subestime. Se conseguir, me estime. Eu deixo.
E gosto.

domingo, 13 de junho de 2010

A AMIGA DA AMIGA DA MINHA AMIGA

A amiga da amiga da minha amiga namorou quatro anos, casou há cinco. Tudo bem meu bem, até que a mudança no comportamento do marido suscitou desconfiança. Pouco sexo, impaciência, excesso de compromissos, viagens, trabalho, celular desligado, desculpas esfarrapadas. Juntando os dois clichês “onde há fumaça há fogo” e “quem procura acha”, achou. Fogaréu, incêndio.
*
O amado dormia “de conchinha”, fazia planos e trocava declarações. Não somente com uma. E há mais de três anos.
*
Doeu. Tremeu. Chorou. Vomitou.
*
Documentou. Procurou um advogado, se organizou. Calou.
*
Jantaram juntos ontem, comemorando hipocritamente o Dia dos Namorados. Hoje à tarde, depois do almoço, seria o momento de pedir a separação. Decidida, não contaria nada do que sabe. Nada de descer do salto. Quer a metade do patrimônio que conquistaram no período e só, somente só. A merda vai pro ventilador apenas se ele dificultar a separação.
*
A história não é nova, sabemos. Muitos homens traem, pouquíssimos são profissionais. Muitas mulheres (quando desconfiam) fuçam, são raras as que conseguem, ao descobrir algo, manter a classe. Confesso: estou curiosa pra saber o final, ou melhor, pra ver até onde vai a frieza o equilíbrio dela.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

BONITEZA DE FAMÍLIA


"Aproveite o simples da vida"- Tijuca, Rio de Janeiro / abril, 2010
Foto: Vanessa Dantas


Nesse feriado teve o encontro da família Dantas. Não! Titio Dani não esteve presente e até por isso foi assunto.

Fui no sábado e voltei no domingo. Mais do que bom, afinal, 50 Dantas (e agregados) reunidos não é para qualquer um. Muito menos pra mim. Amo. Mas é preciso moderação.

Foi bacana. Comida, cerveja, conversa furada, cerveja, sinuca, cerveja, dominó (lembrando a avó Mariana que nos ensinou a jogar... e roubar!), baralho, cerveja e pebolim. Lugar bonito, frio ardido.

Teve fogueira, canjica, quentão, vinho quente, bolo de milho, paçoquinha, bandeirinhas e tudo o que é típico de festa junina. Confesso: só gosto de cuscuz. Fiz trancinha, pintei a cara, vesti xadrez e dancei forró. Mas fui dormir antes do furdunço da quadrilha que aconteceu perto das 2h da manhã. Perdi a prima linda, de noiva, com véu laranja e buquê fedorento.

A turma é animada, o som foi desligado as 5h da matina e rolou um pouco de quase tudo. Cantei Toy Dolls da minha cama.

Confirmei que meus primos são bem mais carinhosos que a média masculina por aí. Com as namoradas, mulheres, mães, entre eles e, muito especialmente, comigo. Lindo de ver! Digno de emoção! E assim passei o final de semana pendurada, no conforto de mil abraços.

Constatei também que exceto as primas que considero como irmãs, quase não tenho assunto com o restante. É recíproco. Não há interesse sequer pela cor do esmalte. E isso não é um problema.

Me surpreendi. Não reclamaram porque fui dormir cedo. Não perguntaram se desisti de ter filhos. Não me cobraram o churrasco que virou lenda. Não especularam se engordei. Não tocaram no assunto do doutorado. Não observaram que bebi menos. Não repetiram o quanto sou a cara do meu pai e também não arriscaram a dizer que tá na hora de deixar o aluguel. Nada disso foi dito. Nada, nadica de nada.

O único questionamento, entre os previstos, foi a falta de um companheiro. Um dos meus primos (liiindo!) ainda soltou que a fila de pretendentes devia contornar o Maracanã. Sorri e aproveitei para esclarecer:

Meus caros! Aos 35, poucos homens me apetecem. Quase não me impressiono mais pelo que vejo. Seleciono pelo que ouço. E elimino pelo que leio. Se sobrar algum, ainda tem que gostar de futebol!

domingo, 23 de maio de 2010

DOMINGÃO

Foto: Vanessa Dantas


Combinado. Ele vai tomar café na rua, comprar os jornais e as delicinhas para o almo-janta, enquanto curto mais um pouco de preguiça no edredom. Logo mais levanto e vou até a casa dele. A idéia do domingo é essa: enquanto dou uma geral nos classificados dos jornalecos procurando apê para comprar ou alugar, bebemos umas taças de pinot noir e ele cozinha pra nós. Está frio, pedi uma comida quente. Cassoulet, quem sabe?! Levarei foie gras, made in France, presente da amiga, bailarina internacional.

Os amigos perguntam: vocês são ou não um casal? Nós respondemos: somos tão evoluídos que já passamos disso. E assim seguimos como um velho casal. Ou seria um casal de velhos?

Quando saio com ele, me sinto num filme do Woody Allen. Ele é o gênio e eu a bonitinha que não sabe nada. Ele discorda, acha que eu sei um monte. Temos quase a mesma idade, mas seu repertório é infinitamente maior que o meu. Erudito, sabe tudo de música clássica e literatura. Vive me alimentando com livros e CDs. Quase sempre, concordamos no cinema. E graças a ele, tenho acesso aos bastidores da política e do governo. Adoro.

Se ele está longe, não morro de saudade, mas quando está perto, prefiro ficar junto. Não em todos os momentos. Nos damos bem, muito bem, mas também discordamos um bocado. Eu sou chata, mas acho que ele é mais. Ele resmunga, dá bronca, acha que estou levando a vida a sério demais. Já cheguei a chorar, agora faço cara de tédio. Nossos garçons dão risada da gente.

Não falo com quem fico ou deixo de ficar, ele é ciumento. Quando, raramente, pesca algo no ar, quer saber. Desconverso. Também não tenho interesse de saber da vida sexual e sentimental dele. Não faz diferença.

Não é romance. É mais.
*
Vanguarda? Ensaio? Relação pós-moderna? Bobagem. É simples. Somos amigos, companheiros, transparentes e ponto.

Confesso: se eu não fosse míope, casava com ele.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

FUTEBOL EM BORGES

O meu grande amigo do DF é assim. Fica tentando me distrair enviando Borges por e-mail.
*
"Encontro-me com pessoas que dizem que gostam de football. Mas, na verdade, não gostam; o que elas querem é que ganhe este ou aquele time, o que me parece completamente alheio à ideia do jogo em si. E isso eu pude notar quando houve uma famosa partida entre uruguaios e argentinos: as pessoas, antes de começar o jogo, já pertenciam a um grupo ou outro, como poderiam saber quem jogaria melhor ou pior?"
*
(Jorge Luis Borges)

quinta-feira, 1 de abril de 2010

QUERO A VIDA SEMPRE ASSIM...

Caro São Pedro!

Poderia me garantir um final de tarde como esse para o dia de amanhã? Juro que estou merecendo!

Obrigada.

Sem mais.

Mais um final de tarde em Ipanema, cidade maravilhosa.

FOTOS: Vanessa Dantas, fev/2010

TRANSGRESSÃO CINÉFILA III

*
MOMENTO CORTA PULSO: transgressão é lembrar que o longo mês de março com seus 31 dias acabou e eu não fui ao cinema uma mísera vez. Fim dos tempos.
*

terça-feira, 30 de março de 2010

PARTITURA URBANA

Pares de tênis pendurados na fiação elétrica, Vila Madalena/SP.

Foto: Vanessa Dantas, 2010.



domingo, 28 de março de 2010

IDAS E VINDAS

Foto: Vanessa Dantas


Não fui. Se eu fosse, você poderia achar que era um sinal.


E se eu fosse, eu também poderia achar que era um sinal.


Confesso que até pensei em ir, mas não queria que a minha ida fosse entendida como um sinal. Nem por mim, nem por você. E nessa toada, optei por não ir.


Será que o fato de eu não ter ido é também um sinal?


Já parou pra pensar que talvez eu não tenha ido porque prefira que você venha?


Mas você bem que podia não demorar tanto.

quarta-feira, 10 de março de 2010

TRANSGRESSÃO CINÉFILA II

Diferente do mês de janeiro, quando assisti 14 filmes (veja aqui), no mês de fevereiro foram somente cinco, isso porque matei dois num dia só! Seguem na ordem assistida:
*
1. ONDE VIVEM OS MONSTROS
Tão impróprio para crianças quanto o futebol que meu time vem jogando. Boa pedida. Mais sério e sensível do que eu esperava. Os monstros, muito expressivos, dão graça (e terror!) ao filme. Programa na medida: boa companhia, filme correto, chopp idem e o melhor hambúrguer da cidade (do Bar Balcão, claro!) arremataram uma quarta feira das boas.
*
2. O ENGARRAFADOR DE NUVENS
Trata-se de um documentário que conta a história de Humberto Teixeira – o “Doutor do Baião”, parceiro de Luiz Gonzaga – e por isso, já vale o ingresso. Sim, estamos falando do homem que "sempre se apaixonou por mulheres de olhos verdes". O filme é bom, mas poderia ser mais curto, ter menos Caetano, além de Asa Branca que por melhor que seja não precisava ser tocada tantas vezes. Confesso: cochilei. E mais: não me lembro da última vez que cometi tal gafe. É fato: minha cama é infinitamente melhor que a poltrona do cinema.
*
3. AVATAR
Exatamente o que eu esperava: uma ótima experiência 3D e só, somente só. A história é tosca e o final mais ainda. Pra dizer a verdade, nem lembro mais do final, mas como essa foi a frase que eu disse logo na saída do cinema, resolvi reproduzi-la. Longo, é verdade. Excessivo nas explosões. Poderia passar por um corte de pelo menos 40 minutos e eu garanto que nada perderia. A mama, aos 72 anos de idade, me ligou dizendo: “Filha! É o máximo. Adorei! Você tem que ver!”, parecia uma criança de sete. Logo, não poderia deixar de ir. Fui. Não me arrependo. Mas recomendo com parcimônia.
*
4. EDUCAÇÃO
Uma sessão da tarde caprichada, para uma rede de TV menos ordinária. A história começa bem, mas termina numa obviedade que subestima o espectador. Há qualidade na filmagem, no desempenho dos atores, coisa e tal, mas não evolui. Despertou alguma lembrança. Também não é o caso de considerá-lo como perda de tempo, apenas “passa” tempo. Portanto, se há tempo disponível, ok. Do contrário, recomendo passar.
*
5. O SEGREDO DOS SEUS OLHOS
O melhor de todos. Um dos grandes filmes do ano. Fui com a mama e a parte bonitinha foi quando ela disse: “vou guardar o ingresso pra não esquecer o nome do filme”. Os argentinos são bons mesmo no cinema, nos vinhos e na sedução (Ui!). A história instiga. O futebol se apresenta primorosamente como paixão. E o nome do filme carrega uma beleza à parte, afinal, são os olhos, sempre eles, os eternos traidores. Vale encarar.
**
Hoje já é dia 10 de março e eu sequer passei na porta do cinema. Sofro...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

TRANSGRESSÃO CINÉFILA

Saldo do mês de janeiro: 14 filmes.
*
Em 2010 me propus a "abrir a cabeça", o que significa mais ou menos como topar filmes que jamais arriscaria. Passado um mês, vamos aos fatos, digo, aos filmes:
*
1. Lula, o Filho do Brasil
Fui à estreia, dia 01/01, Rio de Janeiro, sala lotada. Penso que a história de vida do Lula é infinitamente mais rica que a forma como foi contada e filmada. Confesso que preferia algo mais apelativo como "Filhos de Francisco", afinal, tanto blá blá blá que o filme é eleitoreiro, coisa e tal... Eleitoreiro é o escambau! A cena do discurso do Lula na Vila Euclides é a melhor, e eu queria mais dela. Mas também reconheço que não deve ser fácil fazer um filme de uma pessoa viva, e no poder. Acho até que foi o excesso de zelo que deixou o filme insosso. Não é perdido, não é ruim, mas a história do Lula merecia mais.
$
2. 500 dias com ela
Comédia romântica que cumpre o propósito de "passar o tempo". Nada de mais. Nada de menos. Parece que os homens também amam e sofrem. Ufa!
*
3. NY Eu Te Amo
O melhor do mês. Pequenas e deliciosas histórias. Nada de novo, mas bem contado e o que é melhor, muito bem filmado. Grata surpresa. Recomendadíssimo.
*
4. Procurando Elly
Iraniano. Interessante. Instigante. Misterioso. Causou ansiedade. Claustrofobia. Certamente intencional. Gostei. Só acho que o final poderia ser menos explicado.
*
5. Hunami - Cerejeiras em Flor
Duas amigas o indicaram. Criei expectativas. Não gostei, mas também não odiei. Confesso que chorei e mesmo assim, tucanei! Não recomendo. Pretensioso. Tentou fazer o Kar Wai (coitado!). Desnecessário.
*
6. A partida
Lindíssimo. Concorre fortemente com o melhor do mês (NY Eu Te amo!) e quem sabe com um dos melhores da vida. Ui! Simples. Japa. Corretíssimo.
*
7. Abraços Partidos
Eu tento gostar do Almodóvar, mas ele não ajuda. Pra que tanto? Excessivo na história, não no tamanho do filme. Pelamordedeus, também não tô dizendo que o filme é ruim!
*
8. Julie & Julia
Sessão da tarde gostosinha, ou melhor, saborosinha.
*
9. Amor sem escalas
Bobo. Nada faz sentido. Tempo perdido. Preferia ter dormido. Ainda bem que não paguei o ingresso.
*
10. Ele não está tão afim de você
Bobagem super mega blaster. Assisti no DVD. Por que transformar a mulher numa chatice e burrice sem fim? Não existe. Não é possível! E se depender dos ensinamentos, eles continuarão nem um pouco afim de mim.
*
11. Invictus
Bom filme. Clint maduro. Com um apelo aqui, outro ali, compõe bem com o que se pretende contar. Bonita história. Morgan Freeman arrasa. Deve levar o Oscar. Copa (mesmo sendo de rúgbi) e África do Sul combinam com o momento. Ficou entre os 3 melhores do mês.
*
12. Os Falsários
Mais do mesmo. Bom programa. A história é boa porque é real. No DVD, melhor ainda.
*
13. Sideways
Já tinha assistido, mas como era uma das opções do Boeing 777 da TAM na volta das férias, resolvi assisti-lo novamente, mais pela aula de vinho do que pelo filme em si. É bacana. Bom passatempo para um voo.
*
14. Jornada da Alma
Não fazia a menor ideia do que se tratava. A amiga colocou o DVD, topei. Me surpreendi, possivelmente pelo interesse no tema: amor e loucura. É bom saber que não estou só.
*
No mais, recebi duas dicas de uma mesma fonte (super confiável) para começar o curto fevereiro: "Onde Vivem os Monstros" e "Vício Frenético", este último do Herzog. Quem topa?
*
A mama (que no caso cinéfilo não é lá muito confiável) também ligou dizendo que assistiu "Avatar" e que A-MOU! Olha que ela quase me convenceu... Só que aí eu não estaria com a cabeça simplesmente aberta, mas ES-CAN-CA-RA-DA!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

MEU REI! UM ACARAJÉ, POR FAVOR!

Foto: Vanessa Dantas
Ipanema, cidade maravilhosa, janeiro de 2010

Total ausência por aqui. E a culpa é do mês de janeiro, o mês enganador.
*
Janeiro tem cara de férias. Gosto e cheiro. Vontade de sair todos os dias, beber chopp, ir ao cinema, jantar em boa companhia, cometer excessos. Já se foram quinze dias dos quais só passei dois sem beber. Porque em janeiro é assim: convite feito, convite aceito!
*
O problema é que na manhã seguinte o toque do despertador me faz lembrar que tenho hora pra levantar, que preciso trabalhar, que tenho um baita projeto pra coordenar.
*
E nessa o blog ficou às moscas! Nem eu tenho pintado por aqui. O Twitter ganhou a vez.
*
Ainda não escrevi sobre o novo ano, também não falei do Panamá Bar. Preciso escrever sobre o filme do Lula, mas nada consegue me inspirar. Só as micro-férias pra me salvar!
*
O Rohmer morreu. A Ilha Grande e o Haiti também. Até a tristeza resolveu extrapolar.
*
Cerejeiras em Flor tentou (sem sucesso) fazer o Kar Wai. Dó! E o melhor dos 5 filmes que assisti em 2010 foi o "NY, eu te amo!".
*
A sexta-feira chega ao fim e já me sinto bronzeada só de pensar na praia de amanhã.
*
Meu rei! Um acarajé, por favor!

domingo, 10 de janeiro de 2010

CONVITE DE CASAMENTO

Adorei! Convite para um SAMBAMENTO: Samba de Casamento



Atenção ao detalhe que acompanha as informações gerais
do outro lado do convite:

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

2009 - O ARROJO DE EXISTIR

Nada tão incrível, mas 2009 foi um ano bom, principalmente no que se refere a trabalho. Longe da perfeição, até porque seguiu a lógica do trabalhar mais, ganhar mais e gastar mais. Acima de tudo foi um ano de aprendizado. Logo de cara teve Bar Léo e Bertolucci, Bahia e lua no mar. Teve convite para o show do Nelson Sargento que desencadeou num romance dos bons. Conheci a paz, enroscada num abraço quente, ao som de Keith Jarrett - The Melody At Night With You. Fui ao boteco vestida com as roupas dele e comemos baião de dois depois da meia-noite. Sintonia, afinidade e papo bom. Muito "xêro" no cangote e "pé com pé" com o visual da Avenida Paulista pra testemunhar. Mas acabou. Na hora certa. Quando faltou paixão. Porque sem paixão, meus caros, não há como sobreviver. E saber a hora de terminar minimiza a dor e não gera rancor. 2009 teve amigos em casa, e a casa dos amigos. Novamente fui escolhida pelos meus alunos como paraninfa o que muito me alegrou. Teve final de semana na praia com as amigas e feriado na fazenda. Foi o ano do Twitter, do Turismo de Base Comunitária, do presidente Lula. Foi o ano do Brasil. O futebol voltou pra minha vida com tudo e a Copa de 2014 virou trabalho. Futebol por torpedo, no estádio, na internet e na mesa do bar. Fui à Javari, ao Castelão e ao Palestra Itália. Teve Maracanã lotado. Fui à Cidade do Galo e ganhei uma camisa do Mixto. Ainda quero a do Santinha. Teve um tanto de cinema e mais silêncio do que música. Bebi mais. Fechei bares. Perdi a conta das segundas-feiras de porranca boa. Além de duas idas à Bahia, fui à Fortaleza, algumas vezes ao Rio, pulei Recife e finalmente conheci BH. A falta de dieta por dois anos seguidos gerou quilos a mais. Embora pesada, me sinto leve. E ainda faço um ou outro pescoço virar. Ufa! Vi meu time perder o campeonato de forma grotesca. Teve Sophie Calle. Grupo Corpo. Céu. Fernanda Montenegro. Paulinho da Viola, festa com Xico Sá e entrevista com o Frejat. Dos três casamentos de arromba, fui madrinha de dois. Conheci mais um grande bar: Panamá. Vou voltar! Repeti o Rampinha e conheci mais um tiquinho da Tijuca. Por causa do blog conheci novos queridos. E outros tantos por intermédio de velhos amigos. Que venham pra ficar! Ganhei dois presentes incríveis: um lap top (mano velho) e uma senhora câmera (super tia) que não consigo mais largar. Li mais, escrevi mais, fotografei sem parar. Minha sobrinha cresceu demais para o meu gosto, mas continua me fazendo sorrir. Meu celular pifou e com ele o contato de um monte de gente querida que preciso resgatar. Em 2009 convivi mais com os amigos do sexo oposto. Teve até aspirante pra pai do meu filho caso eu queira engravidar. Vai ter que esperar. Dormi com livros, fui mais à manicure e usei calcinha rosa pro ano virar. Foi presente de um casal de amigos que disse que em 2010 eu preciso voltar à amar. Continuo incoerente, parcial, menos disparatada, sonhando coisinhas pequenas, querendo tardes de chuva e cafuné no sofá. Queria que ele perdoasse meu amor atrasado. E que eu não precisasse da angustia para inspirar. Para o 2010 quero as cores do Kar Wai. Que o acaso me proteja. E eu não esbarre com ele em qualquer lugar. Que eu possa continuar trabalhando descalça. E que eu siga, temperando, e consiga viver sem tempos morNos!