sexta-feira, 27 de novembro de 2009

AOS INIMIGOS, A ÉTICA

"Sim, óbvio que o caso do Palmeiras vale um divã à parte. É o episódio do cara que ganhou a fêmea, fez uma presença ali nas primeiras semanas, cobriu-lhe de jóias e depois esqueceu que amor é disciplina."
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Por Xico Sá.
Caderno de Esporte.
Jornal Folha de São Paulo de hoje.

CASABLANCA DE BAIXO ORÇAMENTO

Foto: Vanessa Dantas. Centro do Rio de Janeiro.


Foto: web.me.com/mytravelsecrets. Filme Casablanca.


E para aqueles que, como eu,
não conseguem ouvir sem se emocionar:


terça-feira, 24 de novembro de 2009

PINGO DE GENTE

Foto: tirada pela japa-mãe. A pequena Lívia abraçando a boneca - presente meu! Reparem no cabelo da japa imitando o da boneca.


Toca o telefone, nesse final de tarde chuvento (chuva + cinzento). É a mama:
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- Filha! É rapidinho, só liguei só pra contar da Lívia (minha pequena e amada sobrinha "japa girl" que acaba de completar 3 anos).
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- Diga, mama!
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- Falei pra Lívia que estou recuperada da cirurgia e que essa será minha última noite na casa dela, que amanhã volto pra casa. Ela respondeu: "nem pensar!". Depois ela queria comer doce e a Néia (empregada, babá, secretária, pau pra toda obra) ao falar que daria só um pouquinho (recomendação da japa mãe), ela mandou "já sei, é pra barriga não crescer igual a do papai!" Evidente que as duas (mama e Néia) caíram na risada e então ela continuou: "eu sou muito engraçada!".
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O resto é previsível. Tô largando tudo e correndo pra lá.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

FERIADO NA ROÇA

Fotos: Vanessa Dantas. Fazenda Jardim, Serra da Bocaina.
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Feriado na roça é assim: a gente mal chega e a cachorrada abanando o rabo vem dar as boas vindas. Tudo sempre igual e completamente diferente da cidade. Antes, quando não havia luz, usavamos velas e lampiões. A luz trouxe a geladeira, garantindo as cervejas geladas por mais dias, mas felizmente ainda não trouxe a internet. O celular também não pega, o que torna os dias na roça ainda mais especiais. Sem celular, sms, internet, msn, skype, twitter, blog, orkut, facebook. Trocamos tudo isso pela rede e um livro. Pela conversa olho no olho e o contemplar. Podemos dar migalhas aos patos, descascar laranja, tirar foto de flor, brincar com o gato. E com a criança que pra tudo ri. A graça do nada a fazer. E o tempo para matar. Andar a cavalo, cachoeira, caminhar. Devorar o queijo do café da manhã que é feito na fazenda, assim como o doce de leite e os biscoitinhos "dos Moraes". A comilança preparada no fogão à lenha é servida depois da farta mesa de aperitivos, cerveja e caipirinhas de boa cachaça. Um cochilo no meio da tarde pra aliviar a porranca. Banho de chuva, e de chuveiro de água aquecida no fogão à lenha. Os dias de sol, as tardes de chuva fresca e as noites de luar. A temperatura perfeita para dormir de cobertor. A noite pede vinho, pede pão, pede queijo. Um pouco de música, e papo bom. Todos juntos, reunidos na sala com a lareira acesa nos dias mais frios. E a noite vem, e não demoramos a dormir porque o barulho da mata acolhe, aconchega, como cantiga de ninar.
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Mais um espetacular feriado na centenária Fazenda Jardim da querida família Penna e uma novidade para o meu currículo: aprendi a tocar gado. Pois bem. Além de professora universitária, pesquisadora, aprendiz de escrivinhadora e tiradora de fotos, agora sou tocadora de gado (nas horas vagas). Pra quem não tocava nada, voltei da roça me achando!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

QUERIA MAIS...


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10 filmes. Foi o que consegui aproveitar da 33 Mostra Internacional de Cinema. Com empenho, e relativa organização do pouco tempo disponível, me pareceu um resultado até positivo. Tive sorte, pois nenhum dos filmes me fez dormir ou sair da sessão para um café. E olha que 3 deles assisti numa tacada só, com intervalo de 15 minutos entre um e outro para o xixi e água. Dias quentes trocados pelo escurinho, tela grande e ar condicionado. Sozinha ou acompanhada. Segue um pouquinho do que vi:


DOR FANTASMA
O título já entrega tudo. A dor fantasma é a sensação dolorosa referente ao membro amputado. No caso, o mocinho da história é quem perde parte de uma perna. Ciclista, charmoso, "pegador", pai, sortudo com os amigos, e vagabundo. Embora o roteiro não traga nada de novo, achei um bom filme. Boa direção. E pra quem tem facilidade de chorar, vale levar o lencinho. Eu, que sou durona, deixei as lágrimas empoçadas sem derramar nenhuma. Foi um dos selecionados do público (categoria novos diretores) e na referida sessão, todos os jurados estavam presentes. A Suzana Amaral é uma velhinha linda.
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CRIMES DE AUTOR
Escolhi por causa do diretor: Lelouch. A trama é boa, muito boa. Você passa o filme inteiro sendo enganado. Imaginando o que não faz sentido. Inventando coisa onde não tem. Feliz escolha, e no CINESESC melhor ainda! Diz a lenda que o diretor chegou a assinar o projeto sob o pseudônimo de Hervé Picard, mas assumiu a autoria pouco antes de sua exibição no Festival de Cannes.
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A MULHER DO LADO
Também escolhi por causa do diretor: Truffaut. A possibilidade de ver filmes antigos na tela gigante me fascina. Caiu como um presente, dos bons. O roteiro aparentemente comum é revelador, principalmente pelo lado psicológico dos personagens. A trama conta a vida de um casal que tem a rotina alterada com a chegada dos novos vizinhos. A tragédia da paixão. Romance, traição, cumplicidade, perdão, explosão. Excelente. Acerto maior foi não tê-lo assistido antes. Não podia, é certo. Me descobri muito menos disparatada do que supunha.
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MAKING PLANS FOR LENA
Mais do mesmo. Christophe Honoré de sempre. Filme sem final. Acaba e pronto. Delícia contemplar o Louis Garrel mais uma vez. Bom, mas não recomendo pra qualquer um. Pode ser chato pra quem não gosta de filme beeeem francês. Eu gosto.
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CÚMPLICES
O fime começa com o corpo de um garoto morto num lago. É pesado, mas bom. O final é previsível, o filme nem tanto. O melhor foi assistir na preferida sala 10 do Bourbon, descalça, com os pés na mega super hiper poltrona, e sair do cinema com o shopping fechado.
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MAU DIA PARA PESCAR
A história (produção uruguaia e espanhola) se passa na América do Sul, no vilarejo de Santa Maria, na Argentina, onde o trambiqueiro e agente de um lutador de luta-livre alemão faz a proposta de mil dólares para aquele que conseguir resistir o gigante por 3 minutos no ringue. O final não poderia ser outro, e confesso que gostei. Dentre as pérolas está: "-Eu só fumo porque incomoda os outros" “-Excelente razão”. Baseado em um conto de Juan Carlos Onetti.
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OS DISPENSÁVEIS
Ganhou prêmio de melhor diretor e ator (Competição de Novos Diretores). Eu dispensaria os prêmios e o filme. Cheguei e a sessão já tinha começado. Devo ter perdido algo muito importante, pois não encontrei nada que justificasse o sucesso. A história de um garoto que esconde o corpo do pai morto em casa com medo de ir parar no orfanato. E como desgraça pouca é bobagem, a mãe depressiva encontra-se internada numa clínica. Agora me diz, precisa de tudo isso?
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QUERIDO LEMON LIMA
Americano bobinho, escolar, que só valeu para deixar a tarde um pouco mais leve depois do filme anterior. Filme adolescente, perfeito para Sessão da Tarde. A personagem principal se chama Vanessa. Achei ela mais boba do que eu, se é que isso é possível.
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O ABRAÇO CORPORATIVO
Ganhou prêmio de melhor documentário. O começo é estranho, dá vontade de sair. Mas logo se justifica e fica bem interessante. Todo jornalista deveria assistí-lo. E o mundo corporativo também. Bela crítica à falta de checagem das fontes e aos oportunistas de plantão.
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O SOL DO MEIO-DIA
Eliane Caffé, a mesma diretora do memorável Narradores de Javé, mais uma vez, acertou a mão. Excelente direção. Maestria na luz e brilhantismo no som. Chico Dias impecável e poesia pra arrematar. O fim ganha o filme. Não importa o motivo, e sim o que foi feito. Um tiro no peito. E se não fosse o barbudo lindo do meu lado, eu teria saído do cinema ainda mais pensativa. A equipe do filme estava lá. Foi engraçado, sem querer, recebi os parabéns pelo filme que não fiz.
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009

ENTREVISTA PARA O GUIA DA VILA MADALENA



Com uma discordância ou outra, inclusive no meu nome que saiu errado (Vanessa Duarte (?) Dantas), acaba de sair a entrevista que dei para o GUIA DA VILA MADALENA sobre minha dissertação de mestrado VILA MADALENA: IMAGENS E REPRESENTAÇÕES DE UM BAIRRO PAULISTANO. Para ler a entrevista, basta clicar aqui.
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Segundo "meu pesquisador" que completou 22 aninhos ontem (parabéééns!): "Você ficou muito jeca na foto da entrevista! Os caras te zuaram, meu! E você nem para dar uma risadinha". Enfim, coisas de moleque, da simplicidade e autenticidade de falar a verdade. Adoro! Mas fazer o quê? Sou eu! ;o)
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quinta-feira, 5 de novembro de 2009

ANTES QUE O MUNDO ACABE...

Enquanto tento assistir o que restou da Mostra Internacional de Cinema, enquanto procuro um vestido longo e lindo para ser madrinha do segundo casamento da prima carioca, enquanto meu chefe decide se vou ou não à Brasília, enquanto resolvo se cancelo ou não a acupuntura da sexta-feira, enquanto não saro de uma gripe que parece eterna, enquanto preparo o relatório monstro que deixa o outro chefe feliz, enquanto corrijo o TCC dos meus alunos, enquanto penso em retomar a insana ideia de um doutorado pós encontro com o grupo de estudo de Socioantropologia da Hospitalidade, enquanto minha pequena sobrinha completa 3 anos da mais pura boniteza, enquanto tento falar com uma amiga que aparentemente desistiu de mim, enquanto seco o time dos outros, enquanto derreto na cidade-concreto, enquanto adio a visita a amigos queridos, enquanto cogito Bocaina, Rio e até Bahia para o feriado do 20 de novembro, enquanto respondo "não sei" quando me perguntam o que pretendo fazer na passagem do ano, enquanto a cerveja gela, enquanto não ganho na mega-sena sem jogar, enquanto espero ele propor me encontrar, enquanto resolvo de uma vez por todas arrumar a bagunça do quarto, e do meu coração... Eu recomendo: leiam dois fantásticos textos que falam de futebol, de gente, de paixão e, claro, Copa do Mundo!
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Ambos disponíveis no: http://www.copa2014.turismo.gov.br/. Realmente imperdíveis!


TEXTO 1: Meu personagem da semana: Nelson Rodrigues. Por Eduardo Goldenberg.
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TEXTO 2: Deus não joga dados. Por Edin Sued Abumanssur.