sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

TIA BABONA!

Quem me conhece sabe, sou uma tia babona! Portanto, falar da minha pequena sobrinha Lívia é sempre muito prazeroso.

Neste último domingo fugi da cozinha por um instante, em meio ao preparo do almoço de aniversário da mama, e fui procurar a Lívia. Estavam os três deitados na rede da varanda de casa: a pequena, o pai dela (meu irmão) e a mãe (minha cunhada). Perguntei a ela se eu podia deitar junto na rede. Ela olhou, pensou, pensou... e respondeu:

- Não dá! Vai ficar apertado!


Eu não imaginava que a pequena (pouco mais de dois anos) já possuía tamanha noção de espaço e conhecia a palavra "apertado"! Pirei e babei, como sempre! Depois minha cunhada disse que ela ficou guardando um lugarzinho “imaginário” para a tia Van na rede...
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Num episódio anterior, comecei a cantar a música Teresinha de Jesus propositalmente de forma errada. A cada erro cometido, ela soltava uma deliciosa gargalhada e falava:

- Tia Van, canta errado, canta!

E assim permanecemos uma parte da tarde cantando tudo errado. Depois, eu soube que ela me entregou para os pais:

- Papai, mamãe, a tia Van canta tudo errado. E é feio!

Agora me digam, de onde ela tirou que cantar errado é feio?

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Noutro episódio, ela estava no colo do pai, e eu que adoro provocá-la, falei:

- Você sabia que ele (me referindo ao pai dela, meu irmão) é meu antes de ser seu?


Ela ficou me olhando calada, e eu continuei:

- Eu nasci primeiro, é por isso! Então ele é seu, mas é meu também!

Ela imediatamente fechou os olhos e respondeu:

- Eu tô dormindo!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

CHEGA!

Gato! Você não precisa fazer isso. Sinto-me invadida quando você vem atrás de mim por todos os lugares da cidade. Já não chega aquele dia no Bar Balcão que fez de tudo para sentar ao meu lado? E nesse sábado na Benedito? Você realmente passou dos limites! Todo mundo percebeu que houve algum acerto seu com os manobristas daquele valet para que o carro da primoca Lu demorasse tanto. Ok! Gostei de você ter tirado o cavanhaque, afinal não é de hoje que falo que não há homem no mundo que fique melhor com, nem você que é bonito! Se ao menos deixasse a barba que eu gosto tanto... Mas me diga logo, o que você quer de mim? Não Thiago, não vou assistir a sua peça. Calígula não faz parte dos meus planos culturais dos próximos meses! Ficou claro agora? Além do mais Lacerda, você tem a Lóes e eu lhe garanto que uma Vanessa só já basta!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

PALAVRAS-CHAVE

Aconchego. Admiração. Afinidade. Amizade. Atração. Carinho. Colo. Companheirismo. Compreensão. Confiança. Conforto. Consideração. Cumplicidade. Dedicação. Deleite. Desejo. Empatia. Encantamento. Entendimento. Entusiasmo. Estímulo. Euforia. Êxtase. Felicidade. Graça. Humor. Inspiração. Intensidade. Lealdade. Leveza. Paixão. Prazer. Reciprocidade. Respeito. Satisfação. Sinceridade. Simplicidade. Tesão. Vontade. Zelo.

NÃO SOBROU NADA?


Amargura. Angústia. Apatia. Arrependimento. Arrogância. Asco. Aversão. Culpa. Decepção. Desconsideração. Desdém. Desgosto. Desilusão. Deslealdade. Desprezo. Dó. Doença. Dor. Egoísmo. Falsidade. Hipocrisia. Imprudência. Indiferença. Ingratidão. Mágoa. Maldade. Mentira. Náusea. Negligência. Nojo. Ódio. Pena. Prepotência. Raiva. Rancor. Rejeição. Repulsa. Sofrimento. Traição. Tristeza.

NÃO. NÃO SOBROU NADA.
NADICA DE NADA.

E o pulso ainda pulsa.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A FOME COM A VONTADE DE COMER

Não é novidade o quanto eu adoro o trabalho do Domingos de Oliveira (basta clicar aqui, ou se preferir aqui, novamente aqui, mais uma vez aqui e aqui de novo). Também não é de hoje a vontade de assistir a peça CONFISSÕES DAS MULHERES DE 30 (lembrando que já estou na casa dos 33). Somei a dica do Edu Rodrigues e fui. A dramaturgia é do Domingos e a direção da Fernanda D´Umbra. Gostei e recomendo. Boa diversão, principalmente para as mulheres, ainda que o moço sentado à minha frente tenha se esguelado de tanto rir...


E como sempre, algumas das frases... E se não é exatamente isso, é por aí...


Transar por transar dá uma preguiiiiiiiça...
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A mulher aos 30 anos não tem apenas um problema,
tem uma angústia generalizada.
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Outro dia eu perguntei para o meu irmão:
- Você me acha bonita?
Ele pensou, pensou, pensou, pensou, pensou... E respondeu:
- Não sei! Beleza acostuma e tudo o que acostuma enjoa.
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Apesar de eu 'quase' ter gozado...
Sim! Eu 'quase' gozei muito!!!
Eu perguntei: vem cá, quanto é que eu te devo?
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Há quem diga que o namoro
entre pessoas da mesma idade
hoje em dia é ANORMAL!
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Aos 30 anos, você está numa posição estratégica.
Pode sair com um homem de 18, de 30 ou de 50
sem que te chamem de tarada.
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A mulher de 30 é uma metralhadora giratória!
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Eu só transo com amigo.
Me recuso a transar com alguém
que eu conheça a menos de um ano.
Depois fico amiga.
Eu tenho muito amigos!
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Vamos fazer assim. Eu vou lá, dou mais,
e depois volto porque te amo.
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Eu não me importo que a história da minha vida
esteja estampada no meu rosto,
desde que seja uma bela história.
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Frases da peça CONFISSÕES DAS MULHERES DE 30.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

MAYSA - QUANDO FALA O CORAÇÃO (não seria melhor ficar calado?)

Dia desses alguém me falou que toda vez que assistia a minissérie Maysa se lembrava de mim. Eu sorri e ponto. Não sobrou coragem para perguntar se era pelos olhos verdes esbugalhados e corpo absolutamente fora do padrão anoréxico, ou pelo talento para a boemia e disparates praticados.

Enfim, fiquei sem saber se isso era bom ou ruim. Mas tem coisa que é assim mesmo, melhor deixar pra lá!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

FERNANDO

Significado do nome Fernando: ousado (concordo!), alto (?), inteligente (também concordo!), protetor (alguns sim!). Indica um batalhador incansável, que age por impulso (sei bem!), mas leva até o fim tudo o que começa (tudo? ops...). E quase (quase!) sempre consegue resultados positivos. As idéias inspiradas e o amor à liberdade são outras das suas características mais marcantes (é possível!).

Pois bem. O nome Fernando, disparado, é o que mais aparece na agenda do meu celular. Citando os mais chegados, em ordem alfabética para não suscitar ciúme, tem o Aith, o Amaral, o Camargo, o Kawada, o Okubo, o Rabello, o taxista, outro, e mais outro. Aliás, quando falo de um Fernando, quase sempre, tenho que associá-lo ao sobrenome para facilitar a identificação. Tem Fernando que carinhosamente chamo de Fefo, Fófi’s... Mas a maioria é pelo sobrenome mesmo. E até por chamá-los pelo sobrenome, um desses Fernandos certa vez pediu-me que eu o chamasse simplesmente de Fê. Engraçado! Logo o que sempre me chamou de Vanessa, ou por um apelido mais íntimo inventado por ele, jamais de Van! Um casal de amigos “quase” colocou o nome Fernando no filho, por fim, optaram por Eduardo. Ufa! Já tivemos o Collor de Mello, o Henrique Cardoso, e eu não votaria sequer no Gabeira. Não conheço Noronha, mas acho que deve ser um dos lugares mais bonitos do planeta. Tem Fernando amigo, "ex-amigo", tem Fernando praticamente irmão. Tem até Fernando que eu não sei mais o que é. Fato: os Fernandos sempre fizeram parte da minha vida de forma bastante intensa. Já fui seduzida por um Fernando, já dei guarita para outro. Já briguei, já cismei, e também recusei. Já vivi romance, e tem Fernando que eu só beijei. Outros tantos, nem toquei. Já confiei, já indiquei. Tem Fernando que tem escova de dente em casa (alguns amigos têm!) e outro que esqueceu uma cueca. Segundo ele, "é pra dar sorte!". Já me apaixonei, senti raiva, dei puxão de orelha e acalentei. Já fui conselheira, madrinha de casamento, companheira, muleta e amuleto. Aprendi muito, mas também ensinei. Tem um Fernando, o Pessoa, que dorme comigo todas as noites, pois está sempre lá, na minha cabeceira. E agora, por estes tempos, fui convidada para trabalhar em um projeto cuja equipe é formada por cinco pessoas, comigo seis. Eu, outra mulher e quatro homens. Três chamam-se Fernando. Como pode?

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

UM DIA ESPECIAL

Hoje é aniversário de duas mulheres que fazem toda a diferença na minha vida:
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Minha super mama (71 anos em ótima forma!) e minha primoca Annic (com seus 31 aninhos, eu não preciso nem falar...).
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Parabéns, meus amores!

RECIPROCIDADE

Tava lá, no BLOG do Bruno Ribeiro.
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"(...) Pressupondo o homem como homem e seu comportamento com o mundo enquanto um [comportamento] humano, tu só podes trocar amor por amor, confiança por confiança etc. Se tu quiseres fluir da arte, tens de ser uma pessoa artisticamente cultivada; se queres influência sobre outros seres humanos, tu tens de ser um ser homem que atue efetivamente sobre os outros de modo estimulante e encorajador. Cada uma das tuas relações com o homem e com a natureza tem de ser uma externação determinada da vida individual efetiva correspondente ao objeto da tua vontade. Se tu amas sem despertar amor recíproco, isto é, se teu amor, enquanto amor, não produz amor recíproco, se mediante tua externação de vida como homem amante não te tornas homem amado, então teu amor é impotente, é uma infelicidade. (...)"
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MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos.

SALDANDO DÍVIDAS

Já escrevi algumas vezes (aqui, aqui também, aqui novamente e mais uma vez aqui!) sobre o meu grande amigo do Distrito Federal. Pois bem, depois de uma curta troca de e-mails, que pode ser conferida abaixo, veio um presentaço que vale MUITO conferir!

Divirtam-se!

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E-mail do comecinho de dezembro – dele para mim:

Putz...

Sabe que eu fiz uma grande digressão alcóolica-filosófica-literária acerca de seu blog, num pub porto-alegrense, numa destas longas e solitárias viagens recentes?

Dia desses te faço um relato, para você quiçá linkar no blog.

Um beijo


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Minha resposta:

PORRA! Fiquei curiosa! Faz logo aí esse relato...

Beijão.

Van

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E ele:

Já entrando no clima do festival de cinema de Brasília, e parafraseando Bressane, vaiado ao subir no palco antes do filme dele ser exibido, só peço duas coisas... paciência e tolerância...

Um beijo


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Minha resposta? Deixa pra lá....
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Como ultimamente tenho andado obediente, resolvi esperar, esperar, esperar... E agora, chegou:

Vanessa querida!
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Saldando dívidas do ano passado, finalmente te envio o texto que segue (no próximo post, ou se preferir, clique aqui!), para que você porventura guarde no seu blog, disparatadamente.
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Beijos carinhosos e saudosos.

AS GARRAFALANTES

Nem a torre de Vitória, em Chitor, registra uma fábula assim. Para desenredá-la, basta visitar certo pub em Porto Alegre, no final (ou início) da Carlos Chagas, nas primeiras horas da madrugada. E sentado ou sentada num tamborete junto ao balcão, espreitar o serviço do lavador de copos, reunindo as garrafas de espumante vazias daquela jornada noturna que, por sua vez, conversam entre si.

De duas em duas, são as mais descontraídas. Pois relembram as cenas de filmes citados à mesa, às vezes tão minuciosamente que conseguimos revivar a cena. Embora acaso se equivoquem quanto aos créditos de atores, direção. Outras duas discutem literatura, e as frágeis fronteiras entre a ficção e a realidade; para logo se darem conta que são garrafas falantes, e riem gostosamente desta chiste. E há aquelas mais sérias, que discorrem sobre a memória de moradores dalguma vila, que rememoram saudosas as viagens pelas estradas interioranas que não fizeram, que trocam planos de um futuro mais prazenteiro.

Quando reunidas em três, primam por disparates. Daí fazem apostas sobre shows que não hão de haver; listam infinitos filmes de títulos e diretores inventados; combinam viagens para cidades que ainda não foram fundadas; trocam receitas culinárias cujos ingredientes são denominados apenas por cores; pintam telas de Beatriz Milhazes em guardanapos, mas em preto e branco! E dizem que já cantaram na Sala São Paulo, que moram em coberturas, que em pleno verão carioca optam por um boteco na frente da porta de uma delegacia. Se deixarem estas garrafas falarem mais, aposto até que alguma contará que fugiu no meio da noite para comprar um CD da Cibelle, para ouvir enquanto cozinhava uma polenta mole.

Raras as reunidas em quatro, mas estas tagarelam tão embolado, que mal se distingue o que dizem. E por fim, restam algumas solitárias garrafas vazias. Poucas. Que o lavador de copos separa no balcão, e por falta de companhia permanecem quietas. Contudo, ainda assim é possível adivinhar-lhes suas angústias e descrenças, subliminarmente murmuradas.

O Capitão Burton não registra a lenda das garrafalantes nalguma nota de sua versão das Mil e Uma Noites. Nem foram sonhadas num sonho de Kafka. Mas bem que poderiam.
***
Genialmente escrito
pelo meu grande amigo do Distrito Federal.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A BELA JUNIE


"A gente não conhece as pessoas de verdade,
nem as que a gente ama."
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"Ela era tão linda que não me atrevi a amá-la."
***
"Sou apaixonado até pelos seus joelhos."
***
"Amo você demais para fazer você acreditar
que posso viver sem você."
***
"Se somos duas pessoas comuns,
quanto tempo pode durar nosso amor?"
***
"Você não vai conseguir resistir sozinha
a nossa história de amor."
***
"Um dia você vai embora por se sentir atraído por outra mulher
e eu não sobreviverei."
***

Frases do Filme A Bela Junie (La Belle Personne, França, 2008)
do Christophe Honoré.

domingo, 18 de janeiro de 2009

VIDA BESTA!

Chegar de viagem e ter alguém esperando no aeroporto merecia entrar para a lista das melhores coisas da vida. O chuveiro e o travesseiro acabam sempre como os grandes responsáveis pelas boas vindas ao lar doce lar, o que me faz toda vida, não demorar a cair nos braços de morfeu. Como a preguiça muitas vezes é confundida com indolência, o ritmo letárgico pós Bahia poderia passar mais rapidinho, e assim a rede de casa deixaria de ter tanta importância, competindo duramente até mesmo com a majestosa cama.

Viagem boa é aquela que o corpo volta primeiro. É a que deixa a impressão que poderia ter esticado mais um pouquinho, mesmo adorando voltar para casa.

É isso. Acabou a vida de milionária. Vinte dias por ano, divididos em duas parcelas, passados em duas casas de amigos incríveis, cada uma com um confortável quarto só para mim, duas piscinas (uma de frente para o mar), sol e céu azul todos os dias, banho de mar, super cafés-da-manhã, camarão, lagosta, acarajé, farofa e purê de banana da terra, cerveja sempre geladaça, caipirinhas, vinho branco e espumante, mordomias e mimos diversos, e um ou outro convite para os melhores restaurantes sem gastar um tostão é realmente um luxo. Muito luxo! Mas que deve ser vivido com moderação para que jamais perca toda a graça.

No mais, além da vontade de ser rica (que logo passa) sobrou o leve bronzeado (não sou mulher de torrar no sol), capaz de amenizar temporariamente as minhas olheiras, dar um ar saudável ao meu colo e cútis, e me fazer feliz quando olho no espelho...

Eita vida bexxxta! Adoooooro!

À labuta. E que o mês de julho não demore a chegar!

Fotos: Vanessa Dantas (exceto nas que apareço, evidentemente)

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

Ontem ela acordou no meio de um sonho bom. Há tempos isso não acontecia - sonhar com ele de olhos fechados. Era daqueles sonhos que dá vontade de voltar a dormir, na tentativa de esticar mais um pouquinho, mesmo correndo o risco da continuidade imparcial.

No sonho, eles se reencontravam depois de um longo tempo. Falavam em silêncio, apenas com os olhos. Ela dava a ele um livro do Garcia Marquez - o mesmo que leram juntos nos melhores dos dias. E então ele anotava e lia para ela alguns dos trechos do referido livro, seguindo um gesto que era essencialmente dela. Trocavam carinhos, toques e abraços com a leveza de gente que ama. Estavam surpreendentemente felizes!

Mas ela, sabendo que não era mais tempo de sonhar com aquilo, resolveu levantar.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

ANTES DE ONTEM

Antes de ontem foi assim.
Final de tarde na praia e nascer da lua no mar...





Itacimirim - Guarajuba (Bahia)
Fotos: Vanessa Dantas

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

VOU, MAS JÁ VOLTO!

Ficar em Sampa neste pós Natal e começo de ano foi novo e, ao mesmo tempo, bem mais agradável do que eu poderia imaginar. A cidade-concreto estava calma e com o clima ameno - dias bonitos, e garoa vez ou outra para refrescar.

Como já mencionei em outro texto, a virada foi em casa, com poucos amigos, boa comida e bebida, e papo da melhor qualidade. O futebol, o Oriente Médio (assunto duro esse!), o teatro, o cinema, a literatura, o governo, a culinária e a contação de causos fizeram das nossas tantas horas juntos (das 21h e pouco até as 5h30 da manhã) momentos pra lá de especiais. E se somados a Etta James, Coltrane, Miles Davis, Rodrigo Rodrigues, Cibelle, Chico Buarque, Paulinho da Viola, entre outros que também passaram a virada conosco, posso dizer, sem medo de errar, que foi uma grande noite!

Não pulei ondas, mas comi lentilha com os pés para cima, carne de porco porque fuça pra frente, guardei as sementes da romã, vesti branco e, dessa vez, passei de calcinha verde (a cor da cura!). Fui presenteada com a primeira aurora de 2009, e surpreendida por pessoas que ligaram simplesmente para desejar um FELIZ 2009!

Nem bem começou o ano e já revi amigos, almocei com a família, li coisas, escrevi outras, bebi o elixir (chopp) do Templo Sagrado (Bar Léo), assisti três filmes no cinema e outro no sofá, conheci um pouco mais do Bertolucci, me emocionei, pensei no meu pai, caminhei pela Avenida Paulista, visitei e fui visitada, preparei um jantar às três da manhã em ótima companhia, e cantarolei uma porção de músicas com a minha pequena sobrinha que desembestou a falar.

Também comi arroz e feijão no meu boteco preferido, bolei um presente diferente para alguém especial, emprestei dois livros, bebi os espumantes que restaram da virada, fiquei alegrinha, e recebi um torpedo-convite para um café da manhã na minha casa, com direito a pão francês fresquinho, manteiga Aviação e café forte para acompanhar. Já rolou almoço estendido daqueles que a gente não sente a hora passar, cozinharam pra mim – almoço e jantar, amigos dormiram em casa, e faltou pouco para eu ver mais um dia clarear.

Numa cena atípica, caminhei por ruas vazias, e me deparei com um cenário inusitado - o centro da megalópole, da babilônia, da cidade cinzenta, da terra da garoa, ou como queira chamar, em silêncio, apenas sentindo a chuva fina molhar.

O ano começou bem. Estou de partida para a Bahia que está me esperando com toda a energia para um banho de mar. Rever amigos, curtir as férias, relaxar e prosear. Alguns livros, CDs e DVDs já estão na mala, assim como o inseparável caderninho, para nas horas vagas a cabeça funcionar.

Deixo o meu abraço pra quem fica, e só uma coisa a confessar. Meu anjo da guarda, após um longo período de férias, finalmente decidiu voltar a trabalhar. Chegou mansinho e falou pra mim:

- Vem cá Vanessa, chega pertinho, vou fazer um cafuné pra lhe confortar. E prometo que nesse ano, não vou desgrudar!

Vou, e já volto. Porque melhor do que viajar, é poder voltar, pra casa, pro lar!

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

JUVENTUDE - II

No dia 27 de outubro de 2008, assisti o JUVENTUDE, filme do Domingos de Oliveira, na 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Na época, optei por uma única citação neste blog, conforme segue abaixo e pode ser conferida aqui :

- Por que você não comeu ela?
- Porque eu seria eletrocutado pelos meus sentimentos!


Hoje, passeando pela blogsfera, visitei o CADERNO DIGITAL da Andréa e, para minha grata surpresa, encontrei um texto falando do JUVENTUDE. Não resisti! Resolvi compartilhar mais algumas passagens deste delicioso filme com vocês:

“Quando dois corpos se unem a terra treme.”

“A vida tem três idades: a juventude, a maturidade, e o 'você está ótimo'!”

“O melhor é ter ideais nem que seja para perdê-los e sair procurando outros.”

“Mulher com ciúme não distingue beijo de trepada.”

“São os cavalos vagabundos que esquentam as éguas para os cavalos de raça.”

“Ela fica linda quando pensa.”

“Quando eu peço, ela dá pra mim lindamente.”

“O homem tem que ser maior que o seu sofrimento.”

“Praticamente levei para a cama quem eu quis.”

“Você me desculpa, eu não te conheço, mas estou totalmente apaixonado por você!”

“Foram nossas 1001 noites em 5 dias.”

“Não sou um homem de muitas mulheres, mas de muitos amores.”

“Recordar é viver... transformar em sorriso o que nos fez sofrer.”

“Foi por isso que amei. Porque não a possuí.”

“Não me telefona de volta porque eu não vou atender.”


Frases do filme Juventude (2008), do Domingos de Oliveira.

LUSCO-FUSCO

Crespúsculo matutino no 1º dia do ano de 2009.
Vista do meu apartamento.

Alguma dúvida que será um grande ano?

FOTOS: Vanessa Dantas