domingo, 31 de maio de 2009

SEXTA-FEIRA NO TRABALHO

Clicar na imagem para facilitar a leitura!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

CINZAS DO PASSADO REDUX



"Sabe qual a diferença entre água e vinho?
O vinho aquece a alma, e a água esfria."

"As pessoas se apaixonavam por ele
e quase sempre se machucavam."

"Alguns se dão conta de que amam a pessoa
só depois de deixá-la."
*
"As palavras de um homem embriagado
não podem ser levadas a sério."
*
"A
vingança tem seu preço!"
*
"Quem não se dá ao trabalho de contar dinheiro, logo o perde todo."
*
"Enganar uma mulher nunca é tão fácil como se imagina."
*
"O fruto não provado é o mais doce."
*
"A melhor forma de evitar a rejeição é rejeitar os outros primeiro."
*
"Diz que a memória é a raiz do problema do homem."
**
*
*Frases do Filme CINZAS DO PASSADO REDUX
(Ashes of Time Redux), do Kar Wai Wong, 2008.

A JANELA


O piano, como as mulheres,
deve ser tocado de vez em quando, senão....

*
Frase do Filme A JANELA,
de Carlos Sorin (Argentina/Espanha 2008)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

PRO DIA NASCER FELIZ

Minha mesa de trabalho: ingressos de cinemas, shows,
futebol, guardanapos com promessas...
Foto: Vanessa Dantas
*

Quem me conhece sabe o quanto eu adoro cinema. Penso que a paixão foi tardia, já que o hábito de ir ao cinema pelo menos uma vez por semana, só aconteceu "na carona" de um namorado que já fazia isso, no ano de 97. De lá pra cá, são 12 anos "tentando" manter o cinema mais ou menos em dia. Posso ir uma vez, nenhuma (e isso dói!), mas já cheguei a assistir 3 filmes num dia só (não recomendo!).
*
Tive aparelho de vídeo um pouco tarde (o que talvez explique minha deficiência em relação aos clássicos) e o de DVD só existe graças aos meus amados irmãos que me deram de presente! O fato é que filme em casa só se for embaixo do edredom, num dia preferencialmente chuvoso, e com alguém agarradinho. Aí sim, considero programaço! No mais, tem que ser na tela grande, no escuro, no silêncio, sentada (para não dormir!) e concentrada. Já fui mais chata, em outros tempos sequer suportava o barulho da pessoa ao lado comendo pipoca. Hoje até dou uma roubada (de leve!) se a pipoca for conhecida!
*
Opto sempre pelos cinemas da região da Paulista - é onde passam os filmes que melhor combinam com o meu gosto cinéfilo. Evito os shoppings centers a todo custo, mas recentemente tenho me entregado, sempre que possível, à sala 10 do Unibanco Arteplex do Shopping Bourbon, localizado na Pomp´s (adorei o modo lúdico do Daniel Brito chamar o Bairro da Pompéia). Aliás, sobre a tal sala, vale ler o texto dele (aqui!), assim poupo a escrita e ainda faço propaganda do blog do moço da Paraíba.
*
Pois bem. Frequentei por muito tempo o Clube do Professor - sessão que acontece todos os sábados as 11h da manhã, geralmente pré-estréia, "de graça", somente para professores com direito a um acompanhante - e quase perdi um namorado por isso! Ok, ok, não demorou e aprendi que sábado é dia de acordar tarde, e que o único plano é não ter planos.
*
O fato é que adooooro pré-estréias, basicamente pela chance de formar opinião com imparcialidade e isenção das críticas, daí a insistência no tal Clube do Professor! É um enorme prazer ir ao cinema sozinha, já montei uma lista com o amigo do DF dos 100 melhores filmes, na nossa opinião, e quase sempre guardo os ingressos embaixo do vidro da minha mesa de trabalho de casa. Serve de estímulo pra ganhar dinheiro!
*
Recentemente, fui convidada para fazer parte da equipe de curadores do I CINEUNISO - um projeto que une cinema e educação na universidade que leciono. Sem dúvida, foi uma honra participar da escolha dos filmes, ao lado de outros professores que admiro tanto, cujos temas foram: VIOLÊNCIA, SEXUALIDADE, PRECONCEITO e EDUCAÇÃO. Os filmes indicados pelos curadores, assim como os artigos e críticas estão disponíveis no site do evento (basta clicar aqui!).
*
Hoje (dia 27/05) serei uma das debatedoras do documentário PRO DIA NASCER FELIZ - que trata da educação e da juventude - juntamente com o brilhante sociólogo, chefe e amigo Claudio Gravina. Convidei meus ex-alunos porque quero aproveitar a ocasião para matar um pouco da saudade e, segundo a organização do evento, além dos alunos dos diversos cursos - Turismo, Direito, Jornalismo e etc., receberemos dois ônibus de duas escolas (uma pública e uma particular) de um município vizinho.
*
É certo! A noite de hoje já nasce feliz!

terça-feira, 26 de maio de 2009

SOROCABA: DA PARTIDA À CHEGADA, UM PONTO DE ENCONTRO FAMILIAR

Saiu hoje, no Jornal Cruzeiro do Sul (Sorocaba), no Caderno de Turismo, um artigo-crônica escrito por mim e pela minha querida amiga Renatinha - Renata Martins Domingos.
*
Segue...
*
**************************
*
SOROCABA: DA PARTIDA À CHEGADA, UM PONTO DE ENCONTRO FAMILIAR
*
Phobus são o som de Sorocaba, ninguém vai dizer que não, aqui no Recreativo, maior carnaval da União. O que não falta é mulher bonita, mulher bonita de montão. Esta cidade é o maior barato, Sorocaba do meu coração! (hey shei, tuntuntun, hey shei, tuntuntun).
*
Era com esta música que ela sabia que estava chegando à sua cidade natal, Sorocaba. Moradora de São Paulo, quase todos os finais de semana vinha com seus pais e irmãs para esta cidade, visitar seus avós maternos, tios, tias, primos e primas.
*
Ao avistarem a cidade, do último ponto alto da estrada Castelinho, seus pais começavam a cantar esta música no carro que, ao final, era seguida por buzinadas contínuas, os tuntuntuns. Naquele momento seu coração batia forte e, junto com suas irmãs, ficava ansiosa para chegar rápido à Vila Fiore, local onde sua avó mora ainda nos dias de hoje.
*
A família de sua mãe é daquelas grandes, repleta de filhos e crianças, que torna todo encontro familiar numa grande festa. A chegada à casa dos seus avós sempre foi a certeza do encontro com seus primos e primas, das brincadeiras, passeios e festas.
*
Todos os sete filhos dos seus avós saíram de Sorocaba para morar em São Paulo, ou nas cidades ao redor da grande metrópole, a fim de estudar, trabalhar e ter melhores oportunidades de ascensão. E, embora tenham saído, era esta cidade para a qual todos retornavam nos finais de semana, em busca do aconchego familiar, de carinho, e de suas raízes.
*
Construída num terreno grande, mas com apenas dois quartos, a casa pequena vivia repleta de colchões, onde dormiam todos amontoados e aconchegados. O quintal grande permitia a criação de galinhas, o que gerava a repetição no cardápio dos almoços de fins de semana. O mais curioso para ela, entretanto, ainda quando criança, era ver a sua avó matar e cozinhar as galinhas. Lembra-se das galinhas cacarejando e correndo das mãos da sua avó, para não serem sacrificadas, o que acompanhava de longe, com certo temor e alegria.
*
Com o passar dos anos, curiosamente, esta situação se alterou. Aos poucos, seus tios e tias foram retornando a Sorocaba para morar, sendo que hoje apenas três deles residem fora. Assim, os encontros familiares passaram a ser também na casa dos seus tios e tias e, por consequência, intensificou-se a agenda familiar de eventos.
*
Dentre os eventos, o destaque vai para a tradicional festa junina na casa de sua avó. No quintal grande, todos os anos, a família organiza a festa, ocasião em que se encontram, vestidos a caráter para dançar quadrilha ao redor da fogueira, e comer os quitutes e doces que todos preparam.
*
E assim, Sorocaba foi, e continua sendo, o ponto de encontro de todos da sua família materna, sendo que, com o passar dos anos, deixou de ser ponto de partida, e voltou a ser ponto de chegada. Sem dúvida, a cidade está incluída na atual tendência que verificamos na sociedade, de fuga dos grandes centros urbanos rumo às cidades do interior, em busca de uma melhor qualidade de vida e tranquilidade.
*
Neste próximo sábado, adivinhem onde ela estará? Em Sorocaba, Sorocaba do seu coração!
*
Renata Martins Domingos é advogada, nasceu em Sorocaba, e hoje mora em São Paulo. Escreveu esta crônica com a professora Vanessa Dantas, a convite do curso de Turismo da Uniso (contatos - Vanessa Dantas: pinheirodantas@uol.com.br e Renata Martins Domingos renatadomingos@gmail.com)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

QUADRAS AO GOSTO POPULAR

Dessa vez foi a Pin, Flavia Perin, leu e lembrou de mim! (ih! rimou!)
*
*
Mas que grande disparate
É o que penso e o que sinto.
Meu coração bate, bate
E se sonho minto, minto.
*
*
Fernando Pessoa, "Quadras ao Gosto Popular"

quinta-feira, 21 de maio de 2009

VAN FILOSOFIA

Uma amiga linda - Liliam Ferrarezi - me mandou essa tirinha hoje (ops, ontem!) por e-mail. Disse que lembrou de mim, e então resolvi compartilhá-la aqui...
*
*
Fonte: "Laerte (século 20)".
Folha de SP - 09 de março de 2007.

terça-feira, 19 de maio de 2009

TUDO E NADA

A: Foram tantos os que faltaram que se faltar mais um não vai caber.
*
B: E quem faltou por último?
*
A: Lembro-me que faltaram juntos, o último a faltar e o que faltou mais.
*
B: Nesse caso, seria bom fazer uma lista dos nomes do que faltaram [...]
*
A: Não creio, pois no dia seguinte, quando as pessoas que não compareceram se encontrassem, haveria querelas sobre prioridade. "Faltei antes de você". "Eu era o décimo e não o décimo quarto". "Faltei imediatamente depois do Gomez". "O senhor me inscreveu de forma errônea". E algum que soubesse pedir desculpas diria: "Faltei, é verdade, mas fui um dos primeiros".
*
Trecho do livro Tudo e Nada - Macedonio Fernández

segunda-feira, 18 de maio de 2009

AS MARCAS DE MARCOS

O texto abaixo é da corinthiana Marília Ruiz.
***************************************

Ontem o Palmeiras perdeu.
*
Ontem não teve milagre, pênalti defendido, "canonização".
*
Ontem não foi dia histórico, não será eternizado em flashes, pôsteres e VTs infinitamente repetidos. Ontem não foi dia de narradores perderem a voz gritando Maaaaaaaaaaaaaarcosssssssssssss....
*
E ontem, mesmo assim, Marcos foi Marcos.
*
O goleiro que completou 17 anos de Palmeiras. D-E-Z-E-S-S-E-T-E ANOS. Não dias. Não meses.

O goleiro “santo”.

O goleiro tão milagreiro quanto capaz de pedir um cafezinho ao roupeiro para dar uma “acordada”.

O goleiro capaz de no mesmo lance gritar com seu zagueiro e trocar sorrisos com o atacante do time rival.

O goleiro tão campeão do mundo quanto da Série B – sempre com o mesmo orgulho de ser palmeirense.

Palmeirense que ele se tornou quando colocou os pés e as mãos “santas” no Parque Antarctica no início da década de 90.

Palmeirense de verdade. Homem que não foi seduzido pela glória reluzente das libras esterlinas.
*
Preferiu o “quintal de casa”. Escolheu (do verbo abdicar dos milhões e do glamour) o Palmeiras, o Brasil, os amigos e a família.

Palmeirense que sabe ganhar, empatar e perder. E saber perder sem perder a classe é para muitos poucos.

E por isso, mais do que palmeirense, Marcos, patrimônio alviverde, é ídolo de todas as cores.

É tão fácil elogiar Marcos que é difícil defini-lo em uma palavra.

Porque ele não é SÓ um grande goleiro.

Porque ele não é SÓ o maior ídolo palmeirense – com todo respeito e reverência ao “Divino”.
*
Porque ele não é SÓ íntegro e simples.

Porque ele não é SÓ verdadeiro, sincero.

Porque ele não é SÓ pentacampeão, SÓ campeão da Libertadores, blábláblá.

Porque ele é tudo isso – mesmo quando está machucado, quando falha, quando sai chutando alambrado, quando desce do “altar”...

Marcos não tem cor. Uma cor. Ou duas cores.

Ele conquistou até os bandos de loucos rivais.

Por meio do trabalho. Só do trabalho. E por meio do respeito.
*
Por quê?

Porque ele é o Marcos. O goleiro dos “milagres”. Aquele mesmo que parece ser amigo de longa data. O maior jogador da história do Palmeiras – na vitória e na derrota.
*

DESILUDIDAS

Clicar na imagem para facilitar a leitura!
*


quinta-feira, 14 de maio de 2009

MANIA DE EXPLICAÇÃO


Irritação é um alarme de carro
que dispara bem no meio do seu peito.

Solidão é uma ilha
com saudade de barco.

Angústia é um nó muito apertado
bem no meio do seu sossego.
*
Preocupação é uma cola
que não deixa o que não aconteceu ainda
sair do seu pensamento.
*
Indecisão é quando você sabe muito bem o que quer,
mas acha que devia querer outra coisa.

Tristeza é uma mão gigante
que aperta o seu coração.

Alegria é um bloco de carnaval
que não liga se não é fevereiro.
*
Felicidade é um agora
que não tem pressa nenhuma.

Desculpa é uma frase
que pretende ser um beijo.

Gostar é quando acontece
uma festa de aniversário no seu peito.


AMOR
é um gostar que não diminui
de um aniversário para outro.
Não. Amor é um exagero...
Também não. É um desadoro...
Uma batelada?
Um enxame, um dilúvio,
um mundaréu, uma insanidade,
um destempero, um despropósito,
um descontrole, uma necessidade,
um desapego?

Talvez porque não tivesse sentido,
talvez porque não houvesse explicação,
esse negócio de amor ela não sabia explicar,
a menina.
*
(nem eu!)
*
Frases do Livro Mania de Explicação, da Adriana Falcão.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

SÃO MARCOS

Não é a proposta deste BLOG postar texto já publicado em outros BLOGS, mas dessa vez não resisti. Segue o texto do Torero publicado na noite de ontem.
*
*************************
*
O VERDADEIRO MENINO MALUQUINHO
*
(A partida do goleiro Marcos contra o Sport foi tão brilhante que vou republicar aqui, com modificações, um texto que fiz sobre ele para a Folha, no ano passado).
*
Jovial leitora e infantil leitor, vós já lestes "O Menino Maluquinho"? Eu já. E algumas vezes. É um delicioso livro escrito em 1980 pelo Ziraldo, um imenso sucesso que já vendeu quase três milhões de exemplares. Ele conta a história de um garoto alegre e sapeca, que fazia as coisas que tinha vontade.

Agora, eu vos pergunto: em que posição jogava o Menino Maluquinho em suas peladas de futebol? E eu vos respondo: goleiro. Nada menos do que dez páginas do livro são gastas para contar a vida de goleiro do Menino Maluquinho, posição em que ninguém quer jogar quando criança, mas que ele abraçou com gosto e graça.

Pois bem, no fim do livro o menino cresce e não sabemos que profissão ele seguiu. Porém, desconfio seriamente que ele seguiu a carreira de goleiro. E mais ainda: desconfio que ele tornou-se Marcos, do Palmeiras. Os sinais são claros. Em primeiro lugar, Marcos nasceu em 1973, ou seja, tinha sete anos quando foi lançado "O Menino Maluquinho", que provavelmente também tinha esta idade.
*
Outro sinal é que ambos fazem o que lhes dá na telha. Por exemplo, enquanto a maioria dos jogadores venderia a mãe para jogar no exterior, ele decidiu não ir para o Arsenal em 2003. É bem verdade que Marcos chegou até a viajar à Inglaterra para assinar contrato, mas foi a contragosto, e decidiu ficar por aqui: seu pai estava com problemas cardíacos, e a namorada, grávida.

E ele tem o raro costume de ser sincero. Nas entrevistas, enquanto a grande maioria dos jogadores dá entrevistas óbvias, que parecem ditadas por assessores de imprensa, Marcos fala o que realmente lhe vem à cabeça. Foi assim que disse a frase politicamente incorreta:
"Fumo um ou dois cigarrinhos quando tomo uma cerveja".

E, quando o criticaram por fumar, retrucou:

"Isso deu mais polêmica do que o Giba (do vôlei) ter fumado maconha. Acho que vou mudar para maconha".

O menino de Oriente, cidadezinha de 6.000 habitantes, tem língua afiada mas é ainda melhor com as mãos. Os palmeirenses jamais esquecerão dos pênaltis que ele defendeu contra o Cruzeiro pela Mercosul ou das suas partidas contra o Corinthians na Libertadores, quando Marcos parecia uma parede de tijolos construída entre os três paus. E os brasileiros em geral hão de lembrar de suas defesas contra a Turquia ou daquela logo nos primeiros minutos da final da Copa de 2002, quando um alemão deu um chute espetacular de fora da área, e Marcos, com a pontinha da unha, desviou a bola para a trave.

É claro que ele fez jogos terríveis, como na derrota por 7 a 2 para o Vitória, em pleno Parque Antártica, quando falhou em três gols. Mas, mesmo neste momento, em vez de jogar a culpa na defesa, assumiu seus erros e disse: "Ainda bem que o Vitória não chutou mais a gol depois do 7 a 2. Eu nem ia pular mais nas bolas".

Em 2007, Marcos parecia caminhar para a aposentadoria. Era uma contusão atrás da outra e Diego Cavalieri vinha jogando bem. Mas ele se recuperou, mandou o jovem talentoso para a reserva e voltou a ser um dos melhores goleiros do país. Talvez o melhor. E sem deixar de ser simpático e original, pouco se importando com a imagem. "Se me importasse, fazia a barba todos os dias."

E hoje, dia 12 de maio de 2009, ele fez uma partida espetacular. Durante os noventa minutos, Marcos defendeu pelo menos cinco bolas difíceis. E, na hora dos pênaltis, pegou três dos quatro chutes. Três dos quatro!

Há que ser um bocado menino e um bocado maluquinho para continuar sendo um goleiro tão bom aos 36 anos.
*
blogdotorero.blog.uol.com.br

segunda-feira, 11 de maio de 2009

CURTINHA DA PEQUENA

Cantarolando para a minha sobrinha*:

O sapo não lava o pé,
não lava porque não quer,
ele mora na casa da Lívia...

Ela interrompe:
- Ele não mora na casa de eu!

* Lívia, dominando a língua portuguesa, aos 2 anos e meio de idade.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

AOS 34 - OU QUANDO MENOS É MAIS

Aos 34 ganhei um bonito gol do Cleiton Xavier e um colorido filme do Kar-Wai. Optei na maior parte do tempo pelo silêncio e por ficar um pouco mais comigo. O fato é que eu estava com saudades de mim! Encontrei paz para tentar consertar algo que me incomodava - uma pena ter sido "em vão"! Fiz poucos convites e tive um recusado. Também recusei, mas de forma mais educada. Senti saudade, me arrependi, pensei na vida. Agi com espontaneidade. Fiquei bastante em casa, e aproveitei para fazer aquela faxina de ano-novo. Joguei muitas coisas fora, doei, reciclei. Começo os 34 anos com menos roupas, menos sapatos, e dando ainda mais valor ao conforto e qualidade. Não cozinhei pra ninguém, mas já fizeram um jantar para mim. Também me levaram para almoçar e consegui aconselhar uma grande amiga. Estive duas vezes em um dos meus bares favoritos - é um conforto quando o garçom já sabe o que vou pedir! Disse "não" de forma convicta e fugi das baladas propostas. Um grande amigo me visitou. E a minha mãe também! Estou para poucos, de modo que só deixei o Chico e o Nelson Sargento cantarem pra mim. Ah! O Marlon Brando dançou o Último Tango em Paris. Fiquei com vontade de cuidar "dele", mas esperei a vontade passar. Recusei o convite de ir para a fazenda e por isso não pude fazer uma das dez coisas que mais amo na vida - andar a cavalo. Também não fui à festa da família Dantex o que deixou meu primo preferido pra lá de triste. Amore mio! Prometo me redimir! Curti meu sofá embaixo do edredom e comi o resto do ovo de Páscoa levemente derretido no microondas. Ganhei presentinhos, mimos, dois bolos e uma festa surpresa dos meus colegas do novo trabalho. Surpresa total! Fiquei até um pouco envergonhada! Experimentei o manto da invisibilidade e fui feliz por algumas horas. Prentendo usá-lo mais vezes. A bola de cristal ainda não chegou e, portanto, continuo sem saber pra onde vou. Torci pelo Santos, mas de nada adiantou. Tudo isso em 4 dias! Mas sabe o que eu queria mesmo de presente? Provar um cálice do vinho do filme Cinzas do Passado Redux - aquele que faz perder a memória e esquecer tudo o que já não serve mais. Quem sabe até de amarelo eu passe a gostar?

NÃO CONSEGUI COMEMORAR!

"Infelizmente, eu não consegui comemorar..."

Frase do Ronaldo pós vitória do Corinthians - título de campeão paulista.

"Rô, meu querido! Nem eu!"