segunda-feira, 7 de junho de 2010

BONITEZA DE FAMÍLIA


"Aproveite o simples da vida"- Tijuca, Rio de Janeiro / abril, 2010
Foto: Vanessa Dantas


Nesse feriado teve o encontro da família Dantas. Não! Titio Dani não esteve presente e até por isso foi assunto.

Fui no sábado e voltei no domingo. Mais do que bom, afinal, 50 Dantas (e agregados) reunidos não é para qualquer um. Muito menos pra mim. Amo. Mas é preciso moderação.

Foi bacana. Comida, cerveja, conversa furada, cerveja, sinuca, cerveja, dominó (lembrando a avó Mariana que nos ensinou a jogar... e roubar!), baralho, cerveja e pebolim. Lugar bonito, frio ardido.

Teve fogueira, canjica, quentão, vinho quente, bolo de milho, paçoquinha, bandeirinhas e tudo o que é típico de festa junina. Confesso: só gosto de cuscuz. Fiz trancinha, pintei a cara, vesti xadrez e dancei forró. Mas fui dormir antes do furdunço da quadrilha que aconteceu perto das 2h da manhã. Perdi a prima linda, de noiva, com véu laranja e buquê fedorento.

A turma é animada, o som foi desligado as 5h da matina e rolou um pouco de quase tudo. Cantei Toy Dolls da minha cama.

Confirmei que meus primos são bem mais carinhosos que a média masculina por aí. Com as namoradas, mulheres, mães, entre eles e, muito especialmente, comigo. Lindo de ver! Digno de emoção! E assim passei o final de semana pendurada, no conforto de mil abraços.

Constatei também que exceto as primas que considero como irmãs, quase não tenho assunto com o restante. É recíproco. Não há interesse sequer pela cor do esmalte. E isso não é um problema.

Me surpreendi. Não reclamaram porque fui dormir cedo. Não perguntaram se desisti de ter filhos. Não me cobraram o churrasco que virou lenda. Não especularam se engordei. Não tocaram no assunto do doutorado. Não observaram que bebi menos. Não repetiram o quanto sou a cara do meu pai e também não arriscaram a dizer que tá na hora de deixar o aluguel. Nada disso foi dito. Nada, nadica de nada.

O único questionamento, entre os previstos, foi a falta de um companheiro. Um dos meus primos (liiindo!) ainda soltou que a fila de pretendentes devia contornar o Maracanã. Sorri e aproveitei para esclarecer:

Meus caros! Aos 35, poucos homens me apetecem. Quase não me impressiono mais pelo que vejo. Seleciono pelo que ouço. E elimino pelo que leio. Se sobrar algum, ainda tem que gostar de futebol!

6 comentários:

Daiane disse...

Van, adorei o final.
Digno da mulher linda e inteligente que vc é.
Parabéns.
Bjos

Vanessa Dantas disse...

Lindona! Obrigada pelo "mulher linda e inteligente". Fiquei com a bochecha rosa.

Beijão.

Renata disse...

Linda, madura, inteligente, e mulherão! Tem homem marcando touca por aí!
Adorei o texto!
Pareceu um pouco a festa junina dos Germano Martins, que vai acontecer neste sábado, e da qual, pela primeira vez, não vou participar.....
Xero!

Patricia disse...

É Vanessa, essa é uma maturidade que estou tentando aprender, sabe? Entender que não tenho que suportar o que não me agrada e nem viver de "pequenos momentos" só por serem momentos de um "relacionamento"...
Grande abraço

Eli Carlos Vieira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Eli Carlos Vieira disse...

Vanessa!
Entre os 'home' a coisa tá mudando de perfil, não é?! E gostos também!
É comum agora muitos homens que não têm gosto para futebol, cerveja e...mulher. Que coisa não??

No meu caso, em reuniões de família, sempre vem a chata pergunta, não diferente de todas as outras famílias:
"E a namorada??!"
Eu respondo:
"Sei lá, os caras que conheço por aí estão ligados em corpão e sexo sem compromisso e em grupo, apenas."
(mas não me atrevo a passar esta resposta do mental para o oral, então a resposta é algo que vem na mente na hora...)


Beijo, adoro estar aqui!