Em meio a uma gostosa noite regada a bom papo, lembranças, devaneios, cerveja geladaça e cachaça, fiz um pedido. Não, não foi ao papai-noel, foi ao querido Daniel Vainsencher que o atendeu prontamente e me presenteou com o belo texto (que segue) sobre a paternidade. Pois bem, ele agora também tem um BLOG e poderá nos alimentar com seus pensamentos, idéias e sentimentos.
Obrigada, Dani! Eu sabia que seu brilho nos olhos quando falava da Ana Luísa só poderia render coisa boa.
Um FELIZ NATAL para todos!
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Por Daniel Vainsencher
Certa vez na praia da Enseada (Ubatuba) estava com a Ana Luísa, minha filha, dormindo confortavelmente no meu colo enquanto conversava com outro freqüentador do quiosque. Ele reparou na Ana e citou um amigo: "Quando a minha filha dorme no meu peito me sinto Deus".
Achei bonito. Entendi a imagem de proteção, segurança e referência que o pai representa para a pequena criatura. Hoje, alguns meses depois - ela está com 1 ano e 2 meses -, reflito sobre o que ouvi.
Aprendi muito desde então. Vi os dentes nascerem. Vi novas expressões brotarem a cada experiência. Sei a história de cada manha, de cada palavra: dois, (S)antos, gol, noel, papadel (Papardelle - juro), Bil (Gil), dodói, senta, sentei, sentô, auau, tato (gato), cabô, dedão, fô (flor).
Ensinei e aprendi novas caretas. Observei muito. Muito mesmo. Dormindo, brincando, mamando, chorando, brigando, dançando. Quanta coisa. O que a alegra, irrita ou chateia. Descobri muitas coisas. Outras não faço idéia. Porque não gosta de roupa? "tila, tila", diz puxando a blusa num frio dia paulistano. Porque dá cabeçadas sorrindo. Isto mesmo. Basta que eu diga: "cadê o cabeção, filha" e o pequeno aríete entra em ação. Os alvos preferenciais são a janela e a minha própria cabeça. Gosta de samba, mas está numa fase mais blues. Gosta de música. Pede: "múta, múta"
Me envolvi com todas estas descobertas. Fiquei mais terno e mais emotivo. Reflito mais antes de fazer. Aprendi a observar como nunca. Principalmente: reaprendi a me encantar. Me sinto próximo, muito próximo deste pequeno ser. Tão próximo como apenas um pai poderia estar, não um Deus.
beijos filhota.
Obrigada, Dani! Eu sabia que seu brilho nos olhos quando falava da Ana Luísa só poderia render coisa boa.
Um FELIZ NATAL para todos!
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Por Daniel Vainsencher
Certa vez na praia da Enseada (Ubatuba) estava com a Ana Luísa, minha filha, dormindo confortavelmente no meu colo enquanto conversava com outro freqüentador do quiosque. Ele reparou na Ana e citou um amigo: "Quando a minha filha dorme no meu peito me sinto Deus".
Achei bonito. Entendi a imagem de proteção, segurança e referência que o pai representa para a pequena criatura. Hoje, alguns meses depois - ela está com 1 ano e 2 meses -, reflito sobre o que ouvi.
Aprendi muito desde então. Vi os dentes nascerem. Vi novas expressões brotarem a cada experiência. Sei a história de cada manha, de cada palavra: dois, (S)antos, gol, noel, papadel (Papardelle - juro), Bil (Gil), dodói, senta, sentei, sentô, auau, tato (gato), cabô, dedão, fô (flor).
Ensinei e aprendi novas caretas. Observei muito. Muito mesmo. Dormindo, brincando, mamando, chorando, brigando, dançando. Quanta coisa. O que a alegra, irrita ou chateia. Descobri muitas coisas. Outras não faço idéia. Porque não gosta de roupa? "tila, tila", diz puxando a blusa num frio dia paulistano. Porque dá cabeçadas sorrindo. Isto mesmo. Basta que eu diga: "cadê o cabeção, filha" e o pequeno aríete entra em ação. Os alvos preferenciais são a janela e a minha própria cabeça. Gosta de samba, mas está numa fase mais blues. Gosta de música. Pede: "múta, múta"
Me envolvi com todas estas descobertas. Fiquei mais terno e mais emotivo. Reflito mais antes de fazer. Aprendi a observar como nunca. Principalmente: reaprendi a me encantar. Me sinto próximo, muito próximo deste pequeno ser. Tão próximo como apenas um pai poderia estar, não um Deus.
beijos filhota.
2 comentários:
O maior amor do mundo!
Quando minha sobrinha está no meu colo é tudo de bom!
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