Em 2008 tornei-me de choro fácil, não tão fácil como meu tio que, segundo minha tia, chora até em inauguração de supermercado, mas hoje me permito derramar lágrimas até com leituras, filmes e músicas.
Meu pluviômetro registrou alta também com um rompimento, coisas do coração. Não tanto pelo fim em si, afinal “não há mal que dure para sempre e nem felicidade que nunca se acabe”, mas pela sensação, não sei se equivocada, de não restar nada.
Mas o 2008 também teve seus sabores. Aprendi a gostar de sopa, encarei abóbora (com moderação) e meu paladar despertou para o caju. Também comi escargot pela primeira vez, e adorei (que perigo!). Cozinhei bastante, e arrisquei novas receitas, por pura intuição. Todas provadas e aprovadas! Recebi mais amigos em casa e os visitei sem muita combinação. É fato, em 2008 não fiz dieta alguma. Tomei mais vinho que cerveja, e mais cerveja que cachaça.
Meu blog nasceu, assim como o Guilherme, o Eduardo, a Giulia, o Théo, o Rafael, a Joana, o Miguel e o Diogo. Usei franja durante meses e não fazia idéia que o sexo oposto gostasse tanto. Ainda assim, preferi voltar ao visual anterior, mais despojado e natural.
Em 2008, passei a me incomodar com gente que não para de falar. E também por isso, comecei a exercitar a minha quietude. Acreditem! Já obtive algum êxito.
Trabalhei menos, e ganhei menos, mas tive uma vida mais calma. Passei a questionar o consumo exacerbado e a valorizar todo o tempo livre e a qualidade de vida. Terminei meu mestrado. Pesquisei a Vila Madalena e enveredei a estudar bairros, gente, boemia, memória, sociabilidade e pertencimento. Foi uma experiência e tanto! Quase emendei o doutorado, mas resolvi adiar um pouquinho. Encarei a possibilidade de morar no Rio, e prestei um concurso por lá, não sei se porter apenas uma vaga, e não ter estudado o suficiente sorte ou azar, não passei.
Li mais, escrevi mais, assisti mais filmes. Dormi e acordei mais tarde. Fiquei mais em casa e passei, mais do que nunca, a apreciar o silêncio. Curti a minha companhia. Troquei o número do meu telefone de casa e decidi não passá-lo a quase ninguém. Também passei a ignorar as ligações não identificadas no celular, e descobri que minha sobrinha é o melhor remédio para os dias tristes.
Em 2008, estreitei laços com amigos bem mais velhos que eu, e percebi que a cada encontro uma enormidade de coisas despencava sobre a minha cabeça: livros pra ler, filmes pra ver, lugares pra conhecer. Passei a anotar tudo! Haja caderninho!
Reencontrei um grande amor do passado e vivemos um momento pra lá de especial. Consegui declarar todos os sentimentos de outrora aoúnico homem que me emudeceu. Foi um alívio confirmar que é bonito porque é passado e que, portanto, deve permanecer como está, fazendo parte apenas das melhores das nossas lembranças. Era uma pendência, e agora está resolvida. Com toda a certeza, foi um grande encontro, na hora certa, para ambos. Valeu muito!
Em 2008 fechei-me pra balanço. Me recolhi. Não suporto a idéia de tapar buraco, curar um amor com outro. Reconheci que era preciso viver o luto, sarar, ficar bem comigo, e só então permitir a aproximação de outro. Assim, dispensei companhia e beijo na boca. Brinquei pouco e não me apaixonei.
Meu pluviômetro registrou alta também com um rompimento, coisas do coração. Não tanto pelo fim em si, afinal “não há mal que dure para sempre e nem felicidade que nunca se acabe”, mas pela sensação, não sei se equivocada, de não restar nada.
Mas o 2008 também teve seus sabores. Aprendi a gostar de sopa, encarei abóbora (com moderação) e meu paladar despertou para o caju. Também comi escargot pela primeira vez, e adorei (que perigo!). Cozinhei bastante, e arrisquei novas receitas, por pura intuição. Todas provadas e aprovadas! Recebi mais amigos em casa e os visitei sem muita combinação. É fato, em 2008 não fiz dieta alguma. Tomei mais vinho que cerveja, e mais cerveja que cachaça.
Meu blog nasceu, assim como o Guilherme, o Eduardo, a Giulia, o Théo, o Rafael, a Joana, o Miguel e o Diogo. Usei franja durante meses e não fazia idéia que o sexo oposto gostasse tanto. Ainda assim, preferi voltar ao visual anterior, mais despojado e natural.
Em 2008, passei a me incomodar com gente que não para de falar. E também por isso, comecei a exercitar a minha quietude. Acreditem! Já obtive algum êxito.
Trabalhei menos, e ganhei menos, mas tive uma vida mais calma. Passei a questionar o consumo exacerbado e a valorizar todo o tempo livre e a qualidade de vida. Terminei meu mestrado. Pesquisei a Vila Madalena e enveredei a estudar bairros, gente, boemia, memória, sociabilidade e pertencimento. Foi uma experiência e tanto! Quase emendei o doutorado, mas resolvi adiar um pouquinho. Encarei a possibilidade de morar no Rio, e prestei um concurso por lá, não sei se por
Li mais, escrevi mais, assisti mais filmes. Dormi e acordei mais tarde. Fiquei mais em casa e passei, mais do que nunca, a apreciar o silêncio. Curti a minha companhia. Troquei o número do meu telefone de casa e decidi não passá-lo a quase ninguém. Também passei a ignorar as ligações não identificadas no celular, e descobri que minha sobrinha é o melhor remédio para os dias tristes.
Em 2008, estreitei laços com amigos bem mais velhos que eu, e percebi que a cada encontro uma enormidade de coisas despencava sobre a minha cabeça: livros pra ler, filmes pra ver, lugares pra conhecer. Passei a anotar tudo! Haja caderninho!
Reencontrei um grande amor do passado e vivemos um momento pra lá de especial. Consegui declarar todos os sentimentos de outrora ao
Em 2008 fechei-me pra balanço. Me recolhi. Não suporto a idéia de tapar buraco, curar um amor com outro. Reconheci que era preciso viver o luto, sarar, ficar bem comigo, e só então permitir a aproximação de outro. Assim, dispensei companhia e beijo na boca. Brinquei pouco e não me apaixonei.
Descobri que MSN é ótimo para conversar com os amigos que moram longe, trabalhar, marcar algo com alguém ou simplesmente dar um “oi”, desde que essa não seja a única ferramenta de uma relação. Se for, vale à pena repensá-la! Por MSN me desentendi com uma pessoa querida mas, por outro lado, também rolaram "otras cositas mas", novos encontros, bem legais.
Ganhei dinheiro, pela primeira vez, como “tiradora de fotos” e senti o maior legado deixado pelo meu pai - a fotografia - correndo em minhas veias. Foi prazeroso e gratificante. Fiquei querendo mais!
2008 não foi um ano fácil. E pra ser sincera, não sei se gosto dos anos pares. Mas ok, pelo menos o Palmeiras foi campeão paulista!
E dessa vez, diferente dos outros reveillons, optei por algo mais tranqüilo, em minha casa, com poucos amigos - os já mencionados bem mais velhos que eu. Escolhi a boa comida, boa bebida, companhia à mesa e conversa da mais alta qualidade.
Que venha o 2009! E então viajarei um pouco, pularei ondas, me energizarei. A Bahia estará lá, com sol e mar, me esperando, sem o tumulto da virada do ano.
Para o novo ano, acima de tudo, quero paz! Quero leveza, quero prazer, e furor pela vida. Quero reciprocidade! Já começo a sentir o meu coração mais aberto, reagindo, mais disponível para o amor e, que seja ele qual for, que venha para ficar!
Que o 2009 seja um ano disparatadamente delicioso. Para mim e para vocês!
9 comentários:
olha, vou dizer, tem muita coisa escrita aí que eu poderia ter pensado em publicar também!!
feliz ano novo!
ADOREI!
E vou seguir!
Beijos, que seu ano seja maravilhoso e que a gente se veja em 2009.
Van,
São tantos comentários a fazer, disparates a disparar, que prefiro o silêncio...
Mas farei comentários oportunamente por email, porque no mínimo precisarei de um tempinho, coisa que não tenho neste instante, sentado num escritório de uma empresa de TURISMO, atolado de emails e papéis... uma chatisse sem tamanho...
Beijos e silêncio!
Paulo Dimas
Van, gostei do texto. E agora com a pendência resolvida, que tal um caju amigo? Que tal lançar o livro sobre a Vila Madalena? Que tal tentar mais um concurso aqui no Rio? Tomarei a liberdade de transformar a afirmativa do seu grande amigo do DF em pergunta: "Vanessa, você tem medo do sucesso????????"
Feliz 2009!!!! E uma beijoca.
Vanzinha,
Concordo com você! Esse ano também não foi fácil para mim, mas com certeza serviu de aprendizado.
Também não gosto de anos pares!
Então... Que venha 2009!
Te amo! Muito, muito, muito. E saiba que sempre poderá contar comigo. Na alegria e na tristeza.
M. (Rs...)
Faz tempo q não passava por aqui, q bom voltar!! Nasceu até um xará meu nesse 2008!! Onde encontro a sua pesquisa de mestrado sobre a V. Madá? Feliz 2009 Vanessa!
Pois é Andréa, sempre acabamos nos identificando com uma coisa ou outra. Uma amiga minha comentou o mesmo dia desses sobre este texto. Um feliz 2009 para você também e volte sempre!
Mell, que possamos nos ver em 2009 e que nosso time seja novamente campeão! Beijos, querida.
Grande Paulo Dimas, uma dos alunos mais brilhantes que já tive! Saudades! Respeitarei o silêncio, desde que o e-mail venha logo... Aguardo seu retorno também por aqui. Beijão.
Oi Rô! Bem que o livro, o concurso e o sucesso poderiam ser tão simples quanto a proposta do caju-amigo! ;o) Feliz 2009, e outra beijoca pra você.
Luzinha M(rs), conto com você sempre. E a recíproca é inteiramente verdadeira, também te amo, super prima!
Diogo, posso mandá-la para você, por e-mail, pois dei uma checada no site da universidade e da CAPES (que fui bolsista) e ainda não está disponivel. Feliz 2009 para você também. Apareça sempre.
Não pensei que você pudesse ser ainda melhor, mas aí está. Parabéns pelas bem-vindas mudanças. Feliz 2009!
Caju amigo já!
Postar um comentário