segunda-feira, 13 de julho de 2009

MEU REI!

O show do Rei, mais uma vez, foi de "cortar os pulsos". Interessante que meu coração vagabundo (nem tanto assim!) não consegue atribuir a dor e a lembrança que sinto, a cada música, a um só amor que vivi. Também não sei se isso é bom ou ruim. Mas voltando ao Rei, sempre sofri com "Outra vez". Da última vez, no show de Natal, a cena foi patética, pois chorei de soluçar na companhia do meu grande amigo que, por sinal, hoje é um dos meus dois amados chefes (sim, cada um tem o chefe que merece!). Pois bem, "me esqueci de tentar te esquecer" me lembra "um dos meus grandes amores" cantando pra mim, no antológico bar Piratininga, na Vila Madalena. Nunca mais voltei lá. Nem com ele, nem com ninguém! Mas confesso que a mesma música me perturba também, principalmente nas noites de insônia, quando "o outro" resolve aparecer. O Rei propicia isso - uma música pra cada um, ou melhor, uma música que serve pra mais de um. Que dureza! E, dessa vez, o "café da manhã pra nós dois" mexeu muito comigo, pelo mesmo ex amor - aquele, o primeiro - que não é mais amor há tempos. Ou será que é amor para sempre? Não sei. E quer saber? Optei por deixar meus reis quietos e tratei de me concentrar no relatório que tinha pra fazer. Bendito trabalho!
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Sim! Cada um tem o chefe que merece!
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* Adoro e expressão "meu rei", tipicamente baiana!
** E uma das minhas 522 primocas, a que mora grudada ao Maracanã, disse que o som estava tão perfeito, que teve a sensação que o Rei cantava da sala dela.

5 comentários:

Eli Carlos Vieira disse...

Muito bom!
Apesar de para mim, o rei não fazer nada de novo há tempos, ele é rei e já está há tempos coroado em seu trono (mas podia levantar-se e renovar)...
Enfim, esse show foi mesmo um dos melhores dos últimos tempos. Sobretudo em emoção, que normalmente falta aos decorados e previsíveis shows de fim de ano. O desastre foi aquele especial de mulheres que cantaram o rei. Para mim, ninguém emocionou ou fez algo notável (talvez a Hebe, Sandy e Ivete Sangalo [mas não totalmente convincentes]).

No Maracanã, porém, mesmo vazio, mas impressionantemente cheio de gente embaixo de chuva, o rei emocionou. Oportunidade única foi aquele dueto entre os "irmãos por escolha" Roberto e Erasmo, de vozes embargadas: emoção que ultrapassou a tela.

Lady Laura para mim é muito forte e sempre lembro de meu pai (a gravação da época é muito profunda e passa um leve remorso...sei lá).

Roberto para mim é, sim, rei. Cresci ouvindo ele (na verdade, ouvindo meu pai que ouvia ele). Mas infelizmente ele é aquele que tudo já fez e atualmente, ante o posto real que exerce, nada mais faz para renovar, repaginar, dar ares novos...enfim, algo que saia daqueles rítimos padronizados.
Eu ADORO aqueles discos dele, em que as músicas eram não somente letras muito bem inspiradas, mas, sobretudo, riquíssimas em arranjos e instrumentos. Cordas exageradas e capazes de levar às lágrimas em músicas românticas como "Sua estupidez" ou "Amada amante"; órgãos e instrumentos rústicos que causavam nostalgia como em "Você deixou alguém a te esperar" ou "Música Suave"...enfim...tem inúmeras músicas que adoro e que marcam por algum detalhe ou o todo.

Mas ele é rei e nunca perderá o poder que tem. Não que ele tenha de voltar às épocas de menino rebelde na que naquela época era considerada jovem guarda. Mas bem que ele podia trabalhar algo novo, sem esse amor exagerado e cheio de novos pudores e "autoditadura autoral" (como as trocas de palavras "negativas" [mal por bem, por exemplo] por outras que perdem o sentido e deixam um resultado tosco [a ponto de fazer ele cantar "Se o bem e o bem existem, você pode escolher: é preciso saber viver"]).


Enfim, adoro o rei (bem mais pelo que ele era [admiração], do que pelo que ele ainda é hoje [respeito]).

Beijão, Vanessa, e ótema semana, viu?!

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Não sou dos maiores fãs do Roberto Carlos, assim, daqueles de comprar discos e tudo mais. Mas sou obrigado a reconhecer que ele tem feito parte da nossa vida há muitos anos e, mesmo sem querer, a gente se pega cantarolando as suas músicas. Principalmente as mais antigas.

Unknown disse...

O som das músicas estava excelente!
Mas na hora que ele falava alguma coisa, me senti roubada, tinha que fazer leitura labial do telão...

E as músicas dele batem tão bem com cada um de nós... é incrível, difícil demais de explicar!

Bjs,

Andrea Nestrea disse...

olha eu queria mesmo era ter ido a um dos shows do rei nos anos 60. mas tudo bem, iria com a minha mãe em qualquer show dele. cantei todas as músicas, minha filha não acreditava que eu sabia todas. nem eu!!! mas sabemos, todos nós!
ah, meu deus, grande amor no piratininga! poxa, vanessa! muitas coisas m comum, hein?!!!!
beijos, beijos

Vanessa Dantas disse...

Eli: tem um texto ótimo em resposta a essa emoção do Roberto e Erasmo que merece ser lida: http://hisbrasil.blogspot.com/2008/12/confisses-de-segunda.html

Arnaldo: as mais antigas são as melhores!

Bem vida, Taynara! Volte sempre!

Esses amores do Piratininga...rs.. Ótimo, Andréa!

Beijo nos quatro.