No final do último 8 de março, Dia da Mulher, reparei que não recebi nenhum "parabéns" do gênero masculino. Foi quando veio a lembrança de uma rosa com um cartão que recebi, há cerca de 13-15 anos, via portador, de um advogado (na época, eu era funcionária do Tribunal de Justiça), que eu admirava. Charmoso, elegante, discreto, educado. Concluí: Que pena! Nunca mais vou encontrá-lo na vida!
Hoje, saí da instituição que leciono uma hora mais tarde que o habitual. Esbaforida, entrei no vagão do metrô e me direcionei a uma ponta "nunca dantes" explorada... Lá estava ele, na minha frente. Não pensei, não hesitei, o toquei. O chamei por seu nome completo (enorme, de príncipe), quando ele me olhou com cara de interrogação, seguida de surpresa e contentamento. Amarramos uma boa conversa. Falamos da vida, do Direito, do Turismo, do trabalho, das viagens... Tentei driblar o encantamento, não consegui disfarçar o sorriso. Ele se disse impressionado com a minha memória. Trocamos cartões.
Nunca o metrô de São Paulo foi tão rápido e aprazível.