domingo, 31 de maio de 2009
sexta-feira, 29 de maio de 2009
CINZAS DO PASSADO REDUX
O vinho aquece a alma, e a água esfria."
"As pessoas se apaixonavam por ele
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"As palavras de um homem embriagado
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"A vingança tem seu preço!"
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A JANELA
quarta-feira, 27 de maio de 2009
PRO DIA NASCER FELIZ
terça-feira, 26 de maio de 2009
SOROCABA: DA PARTIDA À CHEGADA, UM PONTO DE ENCONTRO FAMILIAR
Era com esta música que ela sabia que estava chegando à sua cidade natal, Sorocaba. Moradora de São Paulo, quase todos os finais de semana vinha com seus pais e irmãs para esta cidade, visitar seus avós maternos, tios, tias, primos e primas.
Ao avistarem a cidade, do último ponto alto da estrada Castelinho, seus pais começavam a cantar esta música no carro que, ao final, era seguida por buzinadas contínuas, os tuntuntuns. Naquele momento seu coração batia forte e, junto com suas irmãs, ficava ansiosa para chegar rápido à Vila Fiore, local onde sua avó mora ainda nos dias de hoje.
A família de sua mãe é daquelas grandes, repleta de filhos e crianças, que torna todo encontro familiar numa grande festa. A chegada à casa dos seus avós sempre foi a certeza do encontro com seus primos e primas, das brincadeiras, passeios e festas.
Todos os sete filhos dos seus avós saíram de Sorocaba para morar em São Paulo, ou nas cidades ao redor da grande metrópole, a fim de estudar, trabalhar e ter melhores oportunidades de ascensão. E, embora tenham saído, era esta cidade para a qual todos retornavam nos finais de semana, em busca do aconchego familiar, de carinho, e de suas raízes.
Construída num terreno grande, mas com apenas dois quartos, a casa pequena vivia repleta de colchões, onde dormiam todos amontoados e aconchegados. O quintal grande permitia a criação de galinhas, o que gerava a repetição no cardápio dos almoços de fins de semana. O mais curioso para ela, entretanto, ainda quando criança, era ver a sua avó matar e cozinhar as galinhas. Lembra-se das galinhas cacarejando e correndo das mãos da sua avó, para não serem sacrificadas, o que acompanhava de longe, com certo temor e alegria.
Com o passar dos anos, curiosamente, esta situação se alterou. Aos poucos, seus tios e tias foram retornando a Sorocaba para morar, sendo que hoje apenas três deles residem fora. Assim, os encontros familiares passaram a ser também na casa dos seus tios e tias e, por consequência, intensificou-se a agenda familiar de eventos.
Dentre os eventos, o destaque vai para a tradicional festa junina na casa de sua avó. No quintal grande, todos os anos, a família organiza a festa, ocasião em que se encontram, vestidos a caráter para dançar quadrilha ao redor da fogueira, e comer os quitutes e doces que todos preparam.
E assim, Sorocaba foi, e continua sendo, o ponto de encontro de todos da sua família materna, sendo que, com o passar dos anos, deixou de ser ponto de partida, e voltou a ser ponto de chegada. Sem dúvida, a cidade está incluída na atual tendência que verificamos na sociedade, de fuga dos grandes centros urbanos rumo às cidades do interior, em busca de uma melhor qualidade de vida e tranquilidade.
Neste próximo sábado, adivinhem onde ela estará? Em Sorocaba, Sorocaba do seu coração!
Renata Martins Domingos é advogada, nasceu em Sorocaba, e hoje mora em São Paulo. Escreveu esta crônica com a professora Vanessa Dantas, a convite do curso de Turismo da Uniso (contatos - Vanessa Dantas: pinheirodantas@uol.com.br e Renata Martins Domingos renatadomingos@gmail.com)
segunda-feira, 25 de maio de 2009
QUADRAS AO GOSTO POPULAR
É o que penso e o que sinto.
Meu coração bate, bate
E se sonho minto, minto.
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quinta-feira, 21 de maio de 2009
VAN FILOSOFIA

terça-feira, 19 de maio de 2009
TUDO E NADA
segunda-feira, 18 de maio de 2009
AS MARCAS DE MARCOS
O goleiro “santo”.
O goleiro tão milagreiro quanto capaz de pedir um cafezinho ao roupeiro para dar uma “acordada”.
O goleiro capaz de no mesmo lance gritar com seu zagueiro e trocar sorrisos com o atacante do time rival.
O goleiro tão campeão do mundo quanto da Série B – sempre com o mesmo orgulho de ser palmeirense.
Palmeirense que ele se tornou quando colocou os pés e as mãos “santas” no Parque Antarctica no início da década de 90.
Palmeirense de verdade. Homem que não foi seduzido pela glória reluzente das libras esterlinas.
Palmeirense que sabe ganhar, empatar e perder. E saber perder sem perder a classe é para muitos poucos.
E por isso, mais do que palmeirense, Marcos, patrimônio alviverde, é ídolo de todas as cores.
É tão fácil elogiar Marcos que é difícil defini-lo em uma palavra.
Porque ele não é SÓ um grande goleiro.
Porque ele não é SÓ o maior ídolo palmeirense – com todo respeito e reverência ao “Divino”.
Porque ele não é SÓ verdadeiro, sincero.
Porque ele não é SÓ pentacampeão, SÓ campeão da Libertadores, blábláblá.
Porque ele é tudo isso – mesmo quando está machucado, quando falha, quando sai chutando alambrado, quando desce do “altar”...
Marcos não tem cor. Uma cor. Ou duas cores.
Ele conquistou até os bandos de loucos rivais.
Por meio do trabalho. Só do trabalho. E por meio do respeito.
Porque ele é o Marcos. O goleiro dos “milagres”. Aquele mesmo que parece ser amigo de longa data. O maior jogador da história do Palmeiras – na vitória e na derrota.
quinta-feira, 14 de maio de 2009
MANIA DE EXPLICAÇÃO

Solidão é uma ilha
Angústia é um nó muito apertado
Desculpa é uma frase
Gostar é quando acontece
quarta-feira, 13 de maio de 2009
SÃO MARCOS
Agora, eu vos pergunto: em que posição jogava o Menino Maluquinho em suas peladas de futebol? E eu vos respondo: goleiro. Nada menos do que dez páginas do livro são gastas para contar a vida de goleiro do Menino Maluquinho, posição em que ninguém quer jogar quando criança, mas que ele abraçou com gosto e graça.
Pois bem, no fim do livro o menino cresce e não sabemos que profissão ele seguiu. Porém, desconfio seriamente que ele seguiu a carreira de goleiro. E mais ainda: desconfio que ele tornou-se Marcos, do Palmeiras. Os sinais são claros. Em primeiro lugar, Marcos nasceu em 1973, ou seja, tinha sete anos quando foi lançado "O Menino Maluquinho", que provavelmente também tinha esta idade.
E ele tem o raro costume de ser sincero. Nas entrevistas, enquanto a grande maioria dos jogadores dá entrevistas óbvias, que parecem ditadas por assessores de imprensa, Marcos fala o que realmente lhe vem à cabeça. Foi assim que disse a frase politicamente incorreta:
"Fumo um ou dois cigarrinhos quando tomo uma cerveja".
E, quando o criticaram por fumar, retrucou:
"Isso deu mais polêmica do que o Giba (do vôlei) ter fumado maconha. Acho que vou mudar para maconha".
O menino de Oriente, cidadezinha de 6.000 habitantes, tem língua afiada mas é ainda melhor com as mãos. Os palmeirenses jamais esquecerão dos pênaltis que ele defendeu contra o Cruzeiro pela Mercosul ou das suas partidas contra o Corinthians na Libertadores, quando Marcos parecia uma parede de tijolos construída entre os três paus. E os brasileiros em geral hão de lembrar de suas defesas contra a Turquia ou daquela logo nos primeiros minutos da final da Copa de 2002, quando um alemão deu um chute espetacular de fora da área, e Marcos, com a pontinha da unha, desviou a bola para a trave.
É claro que ele fez jogos terríveis, como na derrota por 7 a 2 para o Vitória, em pleno Parque Antártica, quando falhou em três gols. Mas, mesmo neste momento, em vez de jogar a culpa na defesa, assumiu seus erros e disse: "Ainda bem que o Vitória não chutou mais a gol depois do 7 a 2. Eu nem ia pular mais nas bolas".
Em 2007, Marcos parecia caminhar para a aposentadoria. Era uma contusão atrás da outra e Diego Cavalieri vinha jogando bem. Mas ele se recuperou, mandou o jovem talentoso para a reserva e voltou a ser um dos melhores goleiros do país. Talvez o melhor. E sem deixar de ser simpático e original, pouco se importando com a imagem. "Se me importasse, fazia a barba todos os dias."
E hoje, dia 12 de maio de 2009, ele fez uma partida espetacular. Durante os noventa minutos, Marcos defendeu pelo menos cinco bolas difíceis. E, na hora dos pênaltis, pegou três dos quatro chutes. Três dos quatro!
Há que ser um bocado menino e um bocado maluquinho para continuar sendo um goleiro tão bom aos 36 anos.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
CURTINHA DA PEQUENA
O sapo não lava o pé,
não lava porque não quer,
ele mora na casa da Lívia...
Ela interrompe:
- Ele não mora na casa de eu!
* Lívia, dominando a língua portuguesa, aos 2 anos e meio de idade.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
AOS 34 - OU QUANDO MENOS É MAIS
Aos 34 ganhei um bonito gol do Cleiton Xavier e um colorido filme do Kar-Wai. Optei na maior parte do tempo pelo silêncio e por ficar um pouco mais comigo. O fato é que eu estava com saudades de mim! Encontrei paz para tentar consertar algo que me incomodava - uma pena ter sido "em vão"! Fiz poucos convites e tive um recusado. Também recusei, mas de forma mais educada. Senti saudade, me arrependi, pensei na vida. Agi com espontaneidade. Fiquei bastante em casa, e aproveitei para fazer aquela faxina de ano-novo. Joguei muitas coisas fora, doei, reciclei. Começo os 34 anos com menos roupas, menos sapatos, e dando ainda mais valor ao conforto e qualidade. Não cozinhei pra ninguém, mas já fizeram um jantar para mim. Também me levaram para almoçar e consegui aconselhar uma grande amiga. Estive duas vezes em um dos meus bares favoritos - é um conforto quando o garçom já sabe o que vou pedir! Disse "não" de forma convicta e fugi das baladas propostas. Um grande amigo me visitou. E a minha mãe também! Estou para poucos, de modo que só deixei o Chico e o Nelson Sargento cantarem pra mim. Ah! O Marlon Brando dançou o Último Tango em Paris. Fiquei com vontade de cuidar "dele", mas esperei a vontade passar. Recusei o convite de ir para a fazenda e por isso não pude fazer uma das dez coisas que mais amo na vida - andar a cavalo. Também não fui à festa da família Dantex o que deixou meu primo preferido pra lá de triste. Amore mio! Prometo me redimir! Curti meu sofá embaixo do edredom e comi o resto do ovo de Páscoa levemente derretido no microondas. Ganhei presentinhos, mimos, dois bolos e uma festa surpresa dos meus colegas do novo trabalho. Surpresa total! Fiquei até um pouco envergonhada! Experimentei o manto da invisibilidade e fui feliz por algumas horas. Prentendo usá-lo mais vezes. A bola de cristal ainda não chegou e, portanto, continuo sem saber pra onde vou. Torci pelo Santos, mas de nada adiantou. Tudo isso em 4 dias! Mas sabe o que eu queria mesmo de presente? Provar um cálice do vinho do filme Cinzas do Passado Redux - aquele que faz perder a memória e esquecer tudo o que já não serve mais. Quem sabe até de amarelo eu passe a gostar?
NÃO CONSEGUI COMEMORAR!
Frase do Ronaldo pós vitória do Corinthians - título de campeão paulista.
"Rô, meu querido! Nem eu!"